A denúncia contra o jogador parte do cantor Berkay Sahin, que se envolveu em uma briga com Turan em uma famosa boate de Istambul.
Por Redação, com EFE - de Istambul/La Pa z
Um tribunal de Istambul indiciou o meia Arda Turan por lesão corporal, ameaça e posse ilegal de uma arma, crimes pelos quais o Ministério Público da Turquia pede entre três e 12 anos de prisão ao jogador.
A acusação do Ministério Público turco considera que Turan incorreu nos crimes de "assédio sexual", "lesões propositais", "tiros com arma de fogo de um modo que pode produzir medo ou pânico" e "porte de armas sem licença", informou o jornal turco "Hürriyet". A primeira audiência do caso foi marcada para o dia 30 de janeiro, de acordo com o jornal.
A denúncia contra o jogador parte do cantor Berkay Sahin, que se envolveu em uma briga com Turan em uma famosa boate de Istambul na madrugada da quarta-feira passada, e que foi também acusado de "insultos".
Segundo a imprensa turca, Turan assediou no bar a esposa do cantor, Özlem Ada, o que resultou uma briga na qual o jogador quebrou o nariz do cantor com uma cabeçada.
O casal seguiu para um hospital próximo, mas Turan os seguiu pouco depois e, ao entrar no hospital, disparou um tiro com a sua pistola, sem deixar feridos. Turan disse à imprensa que seguiu o cantor para pedir desculpas e que o tiro aconteceu de forma desproposital.
Na terça-feira, Istanbul Basaksehir, clube que Arda Turan defende desde janeiro, emprestado pelo Barcelona, anunciou que multará o jogador em 2,5 milhões de liras (R$ 1,5 milhão) por "atitudes incompatíveis com os valores do clube", mas o manterá em atividade até a sentença.
Vítimas de tragédia da Chape
A boliviana Bisa Seguros e Resseguros S. A., contratada pela companhia aérea LaMia, garantiu nesta terça-feira que se reuniu com os familiares das vítimas do acidente aéreo que vitimou jogadores, integrantes da comissão técnica e dirigentes da Chapecoense, além de profissionais de imprensa e convidados, em novembro de 2016.
– As duas famílias brasileiras que estiveram presentes na Bolívia, em companhia dos seus assessores, foram atendidas pelos principais executivos da Bisa Seguros e Resseguros S. A. na data de 4 de outubro – afirmou a entidade em comunicado, que acredita ter sanado as dúvidas dos presentes.
– Foram absolvidas satisfatoriamente todas as consultas e inquietações formuladas relativas à rejeição da cobertura da apólice e sobre o Fundo de Assistência Humanitária Lamia 2933 – acrescenta a nota.
A empresa disse que um dos assessores dos familiares das vítimas solicitou uma reunião na quinta e na sexta-feira da semana passada com a finalidade de tratar assuntos alheios à seguradora e aos elementos que levaram à rejeição da cobertura do seguro. "Razão pela qual nos vimos impedidos de atender esta nova pedido", esclareceu.
A tragédia de quase dois anos atrás vitimou 71 dos 77 ocupantes do avião, que saiu da Bolívia rumo a Medellín, onde a Chapecoense disputaria o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana.
Uma comissão de familiares das vítimas do acidente chegou no último dia 4 a Santa Cruz de la Sierra, de onde partiu o voo da LaMia em 2016, com a finalidade de encontrar respostas sobre a investigação e indenização, além de se reunir com autoridades.
Antes de voltar ao Brasil, a presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense, Fabienne Belle, lamentou ter encontrado resistência da seguradora e que não lhes foram dadas as respostas que buscavam.
A Bisa Seguros afirmou no comunicado que as declarações da comissão de familiares são "incorretas e alheias à realidade dos fatos" e "carecem de apoio fático e legal". A seguradora lembrou que em fevereiro de 2017 rejeitou a cobertura da apólice de seguro.
– A posição assumida pela nossa entidade seguradora conta com os correspondentes fundamento e respaldos de ordem técnica, legal e contratual – argumentou a empresa.