O secretário de Estado foi a Boa Vista, na última semana, para uma visita de três horas, o que foi criticado como uma operação de marketing para a campanha eleitoral de Trump, que buscará a reeleição nas eleições presidenciais dos EUA, marcadas para 3 de novembro.
Por Redação - de Brasília
Em audiência no Senado para explicar a visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, a Roraima, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta quinta-feira que “um bando de facínoras” a quem tem “desprezo” governa a Venezuela. Ele negou, no entanto, que a vinda de Pompeo tenha sido uma operação de marketing para a campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) pediu respeito aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e desafiou Araújo a falar sobre corrupção na família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
— Vossa excelência respeite para ser respeitado. Quando o senhor fala de corrupção, precisa explicar corrupção na família do presidente Bolsonaro — disse o senador, mencionando como exemplos de petistas inocentados Fernando Pimentel, João Vaccari Neto, Delúbio Soares e José Genoino.
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Araújo afirmou que existe uma convergência entre republicanos e democratas nos EUA em relação à Venezuela e que a visita de seu homólogo norte-americano a Roraima foi para tratar de direitos humanos e defesa da democracia. Araújo comparou a visita de Pompeo a um amigo que ajuda um vizinho a resolver a situação em uma casa que foi dominada por um narcotraficante.
— O fato de sermos vizinhos não quer dizer que tenhamos que ignorar a situação na casa do vizinho — disse Araújo durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, acrescentando que as críticas feitas ao governo venezuelano durante a visita de Pompeo a Boa Vista já foram feitas pelo Grupo de Lima em outro momento.
O secretário de Estado foi a Boa Vista, na última semana, para uma visita de três horas, o que foi criticado como uma operação de marketing para a campanha eleitoral de Trump, que buscará a reeleição nas eleições presidenciais dos Estados Unidos marcadas para 3 de novembro.