Mais de 2,5 milhões de desenvolvedores para as plataformas da Apple são da grande China, região que inclui Taiwan, Hong Kong e China continental.
Por Redação, com Reuters - de Xangai/Washington
A Apple iniciou um programa em Xangai para ajudar os desenvolvedores chineses a criar aplicativos como parte dos esforços para desenvolver seus negócios de serviços em um de seus mercados estrangeiros mais críticos.
A Apple iniciou um programa em Xangai para ajudar os desenvolvedores chineses a criar aplicativos
O programa realizará palestras, workshops e sessões de networking para desenvolvedores regularmente, disse a empresa em um comunicado na terça-feira. Mais de 2,5 milhões de desenvolvedores para as plataformas da Apple são da grande China, região que inclui Taiwan, Hong Kong e China continental.
iPhone
O lançamento acontece em um momento em que as vendas do iPhone na China, e no mundo, diminuíram e o presidente-executivo Tim Cook falou sobre o negócio de serviços da Apple no país como um ponto positivo. O negócio de serviços obtém receita de aplicativos, mídia e outros softwares.
Na terça-feira, um relatório da empresa de pesquisas Evercore ISI afirmou que a receita de serviços da Apple provavelmente subiu no trimestre encerrado em junho, impulsionada em parte pelo crescimento da China.
Mercados indianos
A Apple iniciou um programa semelhante em 2017 em Bangalore, na Índia. Os mercados indianos e chineses de smartphones são dominados por empresas que fabricam dispositivos baseados em Android, como Xiaomi e Samsung.
Para combater a concorrência, a Apple lançou vários sistemas de financiamento no início deste ano para tornar os iPhones mais acessíveis para os consumidores chineses. Os varejistas de eletrônicos chineses também reduziram o preço de alguns modelos do iPhone.
Gigantes da tecnologia
Executivos da Amazon, Apple, Facebook e Alphabet, dona do Google, vão depor diante de um comitê parlamentar da Câmara dos Deputados norte-americana na semana que vem, em uma audiência para discutir o enorme poder de mercado exercido pelas plataformas online.
Em comunicado na terça-feira, o subcomitê antitruste do Comitê Judiciário da Câmara disse que os depoentes incluirão: Adam Cohen, diretor de política econômica do Google; Nate Sutton, conselheiro geral associado de regulamentação na Amazon; Matt Perault do Facebook e o chefe de desenvolvimento de políticas globais e vice-presidente de direito corporativo da Apple, Kyle Andeer.
A audiência será realizada na terça-feira, 16 de julho, segundo o comunicado.
Apple e Google
A Apple e o Google não responderam a um pedido de comentário. O Facebook não tinha nenhum comentário imediato. A porta-voz da Amazon, Jodi Seth, disse que eles irão testemunhar, mas não compartilharam detalhes.
As audiências acontecem enquanto o Comitê Judiciário da Câmara está sondando a concorrência nos mercados digitais como parte de uma investigação anunciada no mês passado, com republicanos e democratas expressando preocupação com o poder exercido por várias das empresas mais valiosas do mundo.
Conservadores, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, reclamaram que as empresas de mídia social tentam diminuir suas vozes online.
Progressistas
Enquanto isso, progressistas como a candidata presidencial Elizabeth Warren pediram que a Amazon, o Google e o Facebook vendessem empresas que compraram anteriormente como forma de lidar com questões de concorrência.
Além disso, o Facebook deve pagar uma multa de US$ 5 bilhões por seu trabalho com a empresa de consultoria Cambridge Analytica, que obteve dados de milhões de usuários do Facebook sem a permissão deles. A empresa foi contratada pelo presidente Donald Trump para sua campanha presidencial nos EUA em 2016.