Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Apple fornecerá peças a assistências técnicas independentes

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Quinta, 29 de Agosto de 2019 às 08:49, por: CdB

A Apple anunciou nesta quinta-feira que começará a vender peças, ferramentas e guias de conserto para lojas independentes para consertar iPhones quebrados.

Por Redação, com Reuters - de São Francisco

A Apple anunciou nesta quinta-feira que começará a vender peças, ferramentas e guias de conserto para lojas independentes para consertar iPhones quebrados, uma grande mudança após anos de lobby contra as leis em alguns Estados dos EUA que a obrigariam a fazer exatamente isso.
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Apple fornecerá peças a assistências técnicas independentes pela primeira vez
A Apple disse que o programa, que deve ajudar a aliviar a forte demanda da empresas e de seus parceiros autorizados para consertar milhões de telas rachadas e entradas de carregadores queimadas, será lançado nos EUA antes de outros países. A reviravolta significa que as assistências independentes receberão peças oficiais para consertos fora da garantia pelo mesmo preço oferecido a provedores de serviços autorizados, como a Best Buy, que executam o trabalho dentro da garantia. Ben Bajarin, analista da Creative Strategies, disse que a medida pode criar mais oportunidades para a Apple vender serviços ou acessórios se incentivar os proprietários de iPhone a dar telefones usados a amigos e familiares.

Programa de conserto

– Isso os ajuda a deixar o produto mais acessível e nas mãos de mais clientes – disse Bajarin. “Todos os dados parecem dizer que, se você coloca alguém no ecossistema da Apple, eles geralmente não saem.” A Apple disse que testou o novo programa de conserto por um ano com 20 empresas na América do Norte, Europa e Ásia. A empresa não deu um cronograma para os lançamentos internacionais. O programa permitirá que lojas independentes estabeleçam seus próprios preços para reparos e também ofereça peças de reposição mais baratas. Eles deverão devolver as peças quebradas coletadas à empresa para reforma ou reciclagem.

Guerra comercial

Usar fábricas no Brasil e na Índia não diminuiu a dependência da Apple em relação à China, mostraram dados da cadeia de fornecimento da empresa, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica a guerra comercial e promete mais tarifas. A Apple enfrenta taxas de 15% impostas pela administração Trump sobre os principais produtos fabricados na China, como relógios inteligentes e fones de ouvido sem fio em 1º de setembro, com uma tarifa para seu produto mais vendido, o iPhone, que entrará em vigor em 15 de dezembro. Poucas empresas americanas estão tão ligadas à maior economia da Ásia como a Apple. As fábricas da Hon Hai Foxconn, Pegatron, Wistron e outras empregam centenas de milhares de trabalhadores para montar dispositivos da Apple. Em anos recentes, as fabricantes da Apple se expandiram para outros países. A Índia não tinha locais de fabricação da Apple em 2015, mas passou a ter três instalações de montagem em 2019, incluindo uma fábrica da Foxconn, que planeja fazer modelos do iPhone X, informou a Reuters no ano passado. A Apple aproveita as operações da Índia para evitar altas taxas de importação nos iPhones em um dos últimos mercados de celulares em rápido crescimento no planeta, similar à mudança da Apple e da Foxconn para abrir uma unidade no Brasil em 2011. Mas as fábricas fora da China são menores e a Apple só as usa para atender demanda doméstica. As fábricas de fornecedores da Apple dentro da China, por sua vez, expandiram-se muito mais do que as internacionais, com a Foxconn sozinha expandindo de 19 locais em 2015 para 29 em 2019 e a Pegatron passando de oito para 12, segundo dados da Apple. E além das fábricas contratadas, o resto dos fornecedores da Apple, as empresas que vendem chips, displays e outras peças - ficaram mais concentrados na China. Entre todas as localizações de fornecedores, 44,9% estavam na China em 2015, proporção que subiu para 47,6% até 2019, segundo os dados divulgados. A Apple recusou-se a comentar. Em julho, o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, disse a investidores que não iria dar corda para a especulação sobre como a empresa vai mudar a produção por causa das tarifas dos EUA.
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