A Amazon é líder em e-commerce na França, com uma participação de mercado de 17,3%, mas sua participação no mercado de supermercados é de apenas 2%, segundo dados da Kantar.
Por Redação, com Reuters - de Paris
A gigante norte-americana do varejo Amazon anunciou nesta terça-feira que criará 1.800 posições permanentes neste ano na França, seu maior mercado europeu depois do Reino Unido e da Alemanha.
O aumento elevará o número total de funcionários permanentes da Amazon para 9.300 até o final de 2019 e reflete o compromisso do grupo com o mercado francês, onde investiu mais de 2 bilhões de euros desde 2010, disse a empresa.
A Amazon vem se expandindo constantemente na França, onde tem 20 locais, incluindo seis centros de logística, o mais recente programado para abrir durante o verão francês em Bretigny-Sur-Orge, perto de Paris.
A Amazon é líder em e-commerce na França, com uma participação de mercado de 17,3%, mas sua participação no mercado de supermercados é de apenas 2%, segundo dados da Kantar.
O grupo norte-americano
O grupo norte-americano, que administra o serviço de entrega expressa Amazon Prime em Paris desde 2016, não faz segredo de seu desejo de lançar um serviço de entrega de compras de mercado na França como parte de suas ambições de expandir no varejo de alimentos.
Em abril, a Amazon expandiu sua parceria com a varejista de alimentos francesa Casino, com a instalação de um sistema de retirada de produtos nas lojas do Casino e disponibilizando mais produtos da empresa francesa na Amazon.
Facebook no Vale do Silício
O campus do Facebook no Vale do Silício foi liberado nesta terça-feira pelas autoridades após alerta falso sobre exposição a sarin em uma instalação postal.
Quatro dos prédios da empresa foram esvaziados na segunda-feira e duas pessoas foram examinadas em busca de sinais ou sintomas de exposição ao componente que ataca o sistema nervoso, podendo ser fatal.
Equipes de combate a incêndios e materiais perigosos realizaram exaustivos testes e não encontraram material tóxico, disse Jon Johnston, chefe do Corpo de Bombeiros da cidade de Menlo Park, na Califórnia, onde fica a sede do Facebook.
– Não há sarin – disse ele à agência inglesa de notícias Reuters, referindo-se ao pacote que erroneamente indicara positivo na manhã de segunda-feira.
Huawei
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de permitir que empresas norte-americanas vendam produtos de “alta tecnologia” para a Huawei levou investidores asiáticos a comprar ações das fornecedoras da empresa chinesa nesta segunda-feira, mesmo com alguns especialistas questionando o que mudou no posicionamento de Washington sobre a empresa.
A Huawei foi colocada em uma lista negra comercial dos Estados Unidos em maio, que restringe empresas norte-americanas de tecnologia, como a Alphabet, de fazerem negócios com a fabricante de equipamentos de telecomunicações chinesa, vista como um risco de segurança por Washington em meio a tensões comerciais com Pequim.
Trump disse no sábado que a proibição era injusta para os fornecedores dos EUA, que estavam irritados por não poderem vender componentes para a Huawei sem a aprovação do governo. No entanto, ele não disse quais empresas norte-americanas poderiam retomar o fornecimento à Huawei.
Fornecedores
Embora os analistas tenham dúvidas sobre o que isso significa para a Huawei, as ações dos fornecedores da empresa saltaram na Ásia nesta segunda-feira, com os investidores vendo os comentários de Trump como um sinal positivo para as vendas de smartphones.
As ações da fabricante de painéis OLED BOE Technology e a Shenzhen Goodix, fabricante de sensores de impressões digitais, subiram 10% para a máxima diária. A Foxconn, a maior montadora de eletrônicos sob encomenda do mundo, e a fabricante de chips TSMC, subiram 3% e 4%, respectivamente.
– 'É improvável que a aparente mudança de direção da Casa Branca dê à Huawei os produtos de que realmente precisa – disse Richard Windsor, fundador da empresa de pesquisa independente Radio Free Mobile, em nota. “E mesmo que dê, é bem possível que danos graves já tenham sido causados ao negócio de smartphones da Huawei”, disse ele.
Operações
Depois de dizer durante semanas que tem acesso a tecnologia não-americana suficiente para continuar suas operações, a Huawei disse no mês passado que terá um impacto na receita de US$ 30 bilhões.
“Nós reconhecemos os comentários do presidente dos EUA sobre a Huawei e não temos mais comentários neste momento”, disse um porta-voz da Huawei à Reuters nesta segunda-feira.