Corte é o maior da história da empresa, que tinha anunciado em novembro plano para dispensar cerca de 10 mil empregados. Decisão é atribuída a "economia incerta" e rápidas contratações durante a pandemia.
Por Redação, com DW - de Nova York
A Amazon anunciou na quarta-feira que demitirá mais de 18 mil dos seus empregados, incluindo alguns na Europa. A gigante do varejo online atribuiu a decisão a uma "economia incerta" e ao fato de ter contratado muito rapidamente durante a pandemia.
– Entre as reduções que fizemos em novembro e as que estamos anunciando hoje, planejamos eliminar pouco mais de 18 mil postos – disse Andy Jassy, CEO da gigante norte-americana, em comunicado a seus funcionários.
A empresa já havia anunciado em novembro planos para cortar cerca de 10 mil empregos. Entretanto, o jornal americano Wall Street Journal, citando fontes próximas à Amazon, noticiou depois que os cortes de empregos poderiam afetar cerca de 17 mil funcionários.
O anúncio repentino, observou Jassy, foi feito porque "um de nossos colegas de equipe vazou essa informação externamente".
O plano de redução de empregos é o maior entre os recentes anúncios de cortes de postos de trabalho que afetam o setor de tecnologia dos Estados Unidos. É também o corte mais severo da história da empresa sediada em Seattle.
Auxílio aos afetados
Jassy disse que a administração da Amazon está "profundamente ciente de que esses cortes de empregos são difíceis para as pessoas, e não tomamos essas decisões levianamente".
– Estamos trabalhando para apoiar os afetados e oferecer a eles pacotes que incluem indenização, seguro de saúde de transição e ajuda externa para encontrar trabalho – garantiu.
Algumas das demissões ocorrerão na Europa, afirmou Jassy, acrescentando que os trabalhadores afetados serão informados a partir de 18 de janeiro.
Contratações na pandemia
No final de setembro, o grupo contava com 1,54 milhão de colaboradores em todo o mundo, excluindo os sazonais que trabalham em períodos de maior atividade, sobretudo nas férias de fim de ano.
Durante a pandemia, a empresa fez contratações maciças para atender à demanda, dobrando assim sua equipe globalmente entre 2020 e 2022. No entanto, seu lucro líquido anual caiu 9% no terceiro trimestre.