Enquanto os holofotes para a final da prova se concentrava em grande parte no confronto entre o campeão olímpico norueguês Warholm e seu rival norte-americano Rai Benjamin, o brasileiro, medalhista de bronze em Tóquio, conquistou a vitória na reta final com o recorde do campeonato.
Por Redação, com Reuters - de Eugene, Estados Unidos
O brasileiro Alison dos Santos negou ao detentor do recorde Karsten Warholm um terceiro título consecutivo no Campeonato Mundial de Atletismo na noite de terça-feira, vencendo os 400 metros com barreira em 46,29 segundos. Enquanto os holofotes para a final da prova se concentrava em grande parte no confronto entre o campeão olímpico norueguês Warholm e seu rival norte-americano Rai Benjamin, o brasileiro, medalhista de bronze em Tóquio, conquistou a vitória na reta final com o recorde do campeonato. Alison explodiu dos blocos e esticou bem os braços enquanto deslizava pelo final com facilidade e segurava sua mão na orelha, incentivando os aplausos da multidão após uma zebra notável. – A energia da multidão foi incrível. Eu senti seu amor, as pessoas me abraçando – disse ele. "Quando você ganha, você começa a ser o favorito de todos. É fantástico ganhar o título mundial nesta pista." Benjamin teve uma chance de lutar até o nono obstáculo, quando reduziu drasticamente o ritmo antes de terminar mais de meio segundo mais lento que o vencedor e conquistar sua segunda prata consecutiva em um Mundial. Ele disse aos repórteres que tirou força da torcida, que apoiou o atleta da casa em Hayward Field para se manter no pódio. – Sou grato pela prata. Consegui fazer isso. Eu cortei alguns obstáculos e meu plano de corrida saiu pela janela, mas quando ouvi 'EUA', 'EUA', corri o mais rápido que pude para manter meu segundo lugar – disse ele. Warholm havia batido duas vezes o recorde mundial em 2021, mas entrou em Eugene, Oregon, com um ponto de interrogação sobre sua cabeça depois de sofrer uma lesão no tendão em junho, não tendo completado uma corrida em 10 meses. Ele mostrou estar em forma antes de pisar nos blocos, dando seu tradicional tapa na própria cara, e parecia estar ainda na disputa pelo pódio até depois da curva final, mas sofreu nos metros finais da corrida e terminou em sétimo lugar. – Foi uma corrida muito dura. Tive uma lesão, mas para mim é sempre sua luta e dando tudo de si e deixando tudo na pista – disse aos repórteres, acrescentando que tinha "enorme respeito" pelos demais atletas. – Espero, olhando para trás, sentir-me orgulhoso disso, embora prefira levar uma medalha. É para isso que eu trabalho e é o que me dá a satisfação. O norte-americano Trevor Bassitt superou por pouco o francês Wilfried Happio para ficar com o bronze, alcançando o rival nos metros finais, antes de passar a linha de chegada no momento exato para garantir o melhor tempo pessoal de 47,39 segundos.