O presidente guatemalteco eleito, Bernardo Arévalo, integrante da centro-esquerda em seu país, venceu as eleições presidenciais no final de agosto último. O recém-eleito presidente é filho de Juan José Arévalo (1945-1951), líder democrático do país após um longo período de ditadura de direita.
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), concordou em representá-lo na posse do presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, marcada para o próximo domingo. Alckmin já havia cumprido missão semelhante na posse do presidente equatoriano, Daniel Noboa.
O presidente guatemalteco eleito, Bernardo Arévalo, integrante da centro-esquerda em seu país, venceu as eleições presidenciais no final de agosto último. O recém-eleito presidente é filho de Juan José Arévalo (1945-1951), líder democrático do país após um longo período de ditadura de direita.
— Quero ser lembrado como quem respeitou o legado de seu pai — declarou, durante a campanha.
Militares
Arévalo obteve 58,29% dos votos, enquanto Sandra Torres (UNE, de direita) alcançou apenas 36,96%. Pelo partido Movimento Semilla, ele chegou a essa fase do pleito de forma surpreendente, com 11,7% dos votos, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), já que as pesquisas não previram seu resultado.
O governo de seu pai foi responsável por uma nova Constituição na Guatemala e várias reformas políticas e sociais que favoreceram os trabalhadores, retirando poderes de grandes latifundiários e militares.
No encerramento de sua campanha, Arévalo criticou a corrupção e reforçou o discurso de que representa a mudança, pedindo que o eleitor não vote “pelo mesmo”.
O pedido de Lula para que Alckmin viaje à Guatemala reflete uma mudança estratégica do presidente, que busca direcionar sua atenção para viagens internas, ao mesmo tempo em que busca reduzir o número de viagens internacionais.