Inicialmente, Lula seria o responsável por receber Fico, mas foi operado às pressas na madrugada desta terça-feira, após sentir fortes dores de cabeça, segundo boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.
Por Redação – de Brasília
Vice-presidente da República, o também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, assumiu as agendas com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, nesta terça-feira, diante da ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alckmin retornou de São Paulo para acompanhar a recepção ao primeiro-ministro, no Palácio do Planalto.
Inicialmente, Lula seria o responsável por receber Fico, mas foi operado às pressas na madrugada desta terça-feira, após sentir fortes dores de cabeça, segundo boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. Uma ressonância magnética identificou uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em outubro.
Lula, então, foi submetido a uma craniotomia para drenagem do hematoma. O presidente permanece internado na UTI e “encontra-se bem”, segundo a equipe médica.
Agendas
O ministro Alckmin iria participar da solenidade de lançamento da escola LATAM – Mecânicos em São Carlos (SP), às 9h desta segunda-feira. Mas, segundo a assessoria de imprensa do vice-presidente, o sucessor imediato do chefe de Estado confirmou seu retorno a Brasília, para cumprir as agendas em aberto.
Pela agenda da Presidência da República, divulgada na noite anterior, a cerimônia de chegada de Fico no Planalto estava marcada para as 11h. Às 11h20, haveria uma reunião bilateral. Já às 12h20, a assinatura de atos entre ambos os países seria seguida de uma declaração à imprensa às 12h30. Às 13h, o governo brasileiro ofereceu um almoço ao primeiro-ministro, no Palácio Itamaraty.
Alckmin também recebeu do Congresso a notícia de que o pedido do presidente Lula para destravar a agenda econômica, a partir desta segunda-feira, estava assegurado. Lula reuniu-se, na véspera, com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula, então, prometeu acelerar o pagamento de emendas em troca da andamento da agenda econômica.
Reforma
Na manhã desta terça-feira, interlocutores de Arthur Lira e de Pacheco relataram à mídia conservadora que a agenda “deve agora andar normalmente”, ou seja, o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a reforma tributária deve ser lido e apreciado nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça e a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento de 2025 tramitarem na Comissão Mista do Orçamento (CMO).
— A nossa pauta vai andar normalmente e a LDO e o Orçamento serem aprovados na semana que vem — disse ao canal norte-americano de TV CNN o presidente da CMO, Julio Arcoverde (PP-PI).
Ainda nesta tarde, Lira reúne os líderes da Câmara para encaminhar os projetos do pacote fiscal. A expectativa no seu entorno é de que ele nomeie, de imediato, os relatores dos dois projetos cuja urgência foi aprovada na semana passada na Casa.