A declaração é dada após Israel lançar um ataque de drones contra uma instalação militar iraniana, segundo o jornal Times of Israel. O Hamas faz parte do Eixo de Resistência liderado pelo Irã, juntamente com o Hezbollah libanês e grupos na Síria e no Iraque.
Por Redação, com ANSA e BBC - de Jerusalém
A "agressão" de Israel contra o Irã é uma escalada contra a região, afirmou Sami Abu Zuhri, um alto funcionário do grupo fundamentalista islâmico Hamas, nesta sexta-feira.
A declaração é dada após Israel lançar um ataque de drones contra uma instalação militar iraniana, segundo o jornal Times of Israel.
O Hamas faz parte do Eixo de Resistência liderado pelo Irã, juntamente com o Hezbollah libanês e grupos na Síria e no Iraque.
Blinken nega envolvimento dos EUA em suposto ataque ao Irã
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira que o país não está envolvido em operações ofensivas no Oriente Médio, na esteira da suposta tentativa de ataque de Israel contra Isfahan, no Irã.
Em coletiva de imprensa em Capri, sul da Itália, após a cúpula de ministros das Relações Exteriores do G7, o chefe da diplomacia americana acrescentou que os Estados Unidos trabalham "por uma desescalada" da tensão no Oriente Médio.
– Não estamos envolvidos em nenhuma operação ofensiva. Não quero dizer mais, não estamos envolvidos – afirmou. Blinken, no entanto, assegurou que o G7 está "empenhado pela segurança de Israel".
Conflito entre Israel e Irã
Os iranianos minimizaram a importância do que aconteceu durante a noite de quinta para sexta-feira na cidade de Isfahan, no centro do país.
As autoridades dizem que não houve ataque e os meios de comunicação estatais publicaram fotos satíricas que mostram drones em miniatura.
Já autoridades dos Estados Unidos dizem que houve um ataque ao Irã, e isso levanta várias questões. Será que os militares da linha dura iraniana vão reagir? E Israel tem planos para lançar mais ataques?
Esta poderia ser uma tentativa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de responder ao ataque sem precedentes de mísseis e drones do Irã no fim de semana passado, sem alienar o presidente dos EUA, Joe Biden (mais do que já o fez).
Biden pediu a Israel que não respondesse ao ataque aéreo do Irã.
O Reino Unido e outros aliados internacionais de Israel também apelaram à moderação por meio dos canais diplomáticos.
Se este ataque ao Irã for a extensão da resposta de Israel, questiona-se se ela será suficiente para satisfazer os generais mais antigos do gabinete de guerra de Netanyahu, que supostamente fizeram a pressão para o país lançar uma resposta.
Na opinião deles, era necessário um ataque amplo para restaurar a capacidade de Israel dissuadir os inimigos.
Os aliados da coligação ultranacionalista de Netanyahu também exigiram uma retaliação feroz. Um deles disse que os israelenses precisavam "ir à loucura".
A melhor opção para a região, na opinião dos governos ocidentais, é que tanto o Irã quanto Israel ponham um fim às animosidades.
O mais recente surto de hostilidades começou com o ataque de Israel ao complexo diplomático iraniano em Damasco, que matou importantes figuras militares do país.
No entanto, mesmo que o episódio atual seja o fim desta crise, novos precedentes foram abertos.
O Irã atingiu Israel num ataque direto, e Israel por sua vez respondeu com um ataque direto.
Trata-se de uma mudança importante naquilo que é frequentemente descrito na região como as "regras do jogo", que regem a longa história do conflito entre Irã e Israel.
A prolongada guerra clandestina entre os dois países parece ter finalmente saído das sombras.