A ONG italiana MedAcross, que oferece serviços de saúde em um dos países mais pobres da Ásia, indicou que os danos do terremoto são “imponentes”.
Por Redação, com ANSA – de Naipidau
Agências humanitárias relataram danos graves à infraestrutura de Myanmar após o terremoto de magnitude 7.7 na escala Richter que atingiu o país e a Tailândia nesta sexta-feira, deixando um saldo de mais de 140 mortos.

– As infraestruturas públicas foram danificadas, incluindo avenidas, pontes e edifícios públicos. Também estamos preocupados com as barragens – declarou Marie Manrique, coordenadora da Federação Internacional da Cruz Vermelha em Yangon, maior metrópole de Myanmar.
Já a Cáritas, instituição beneficente ligada à Igreja Católica, afirmou que muitas pessoas estão desaparecidas em Mandalay, cidade histórica no centro do país. “Tememos milhares de vítimas, e é impossível contatar os próprios familiares por causa da interrupção das comunicações”, disse a organização.
ONG italiana MedAcross
Já a ONG italiana MedAcross, que oferece serviços de saúde em um dos países mais pobres da Ásia, indicou que os danos do terremoto são “imponentes”. “Um terremoto de 7.7 é sempre terrível, mas, quando atinge um país muito pobre, é capaz de devastar a vida de milhares e milhares de pessoas, já diante de um sistema sanitário muito frágil ou até inexistente”, ressaltou a entidade.
Outra ONG da Itália, a Fundação Cesvi, relatou desabamentos parciais de edifícios e danos a infraestruturas, incluindo o bloqueio da principal rodovia nacional nos arredores de Mandalay. Segundo a organização, a região mais atingida é a chamada “Zona Seca”, no centro do país e onde vivem cerca de 7 milhões de pessoas em um raio de 100 quilômetros a partir do epicentro do terremoto.