Tribunal alemão sentencia jovem de 17 anos a mais de nove anos de prisão por participação no assassinato dos pais. Já namorado de 19 anos é condenado a 13 anos por esfaqueá-los até a morte.
Por Redação, com DW - de Berlim
Um tribunal na cidade de Bayreuth, no sul da Alemanha, sentenciou nesta segunda-feira um homem de 19 anos de idade a 13 anos e seis meses de prisão por assassinar os pais de sua namorada em janeiro do ano passado. A jovem também foi condenada a nove anos e seis meses de prisão.
A corte concluiu que a adolescente, hoje com 17 anos, auxiliou no assassinato dos pais, que foram esfaqueados até a morte no vilarejo de Mistelbach, perto de Bayreuth, no Estado da Baviera.
A filha teria participado do planejamento dos assassinatos e evitado que seus irmãos interviessem ou alertassem a polícia enquanto os esfaqueamentos ocorriam.
Os advogados de defesa da adolescente haviam pedido sua absolvição, alegando não haver evidências de sua cumplicidade no crime.
Tanto a adolescente como o namorado foram condenados de acordo com a lei juvenil. O julgamento foi realizado em grande parte sem presença de público devido à idade dos réus na época do crime.
O assassinato em Mistelbach
As duas vítimas, um homem de 51 anos e sua esposa de 47 anos, ambos médicos, foram encontrados mortos em casa pela polícia, que havia sido acionada por vizinhos após ouvirem gritos de socorro. O assassinato ocorreu na madrugada entre 8 e 9 de janeiro.
A polícia então lançou uma grande caça ao suspeito, que acabou se entregando em uma delegacia mais tarde naquela mesma madrugada.
O casal morava na residência com seus quatro filhos, todos menores de 18 anos.
A juíza Andrea Deyerling afirmou que a filha do casal assassinado havia agido por ódio a seus pais.
A filha negou envolvimento no assassinato, mas disse, entre outros pontos, que seu pai a havia espancado, uma acusação refutada pelo tribunal.
Sua mãe havia demonstrado inclusive a vontade de ter aulas de autodefesa para se proteger contra a filha, segundo informação colhida pela corte.
O advogado de defesa do homem disse que seu cliente arrependeu-se profundamente do que havia feito e que só teria cometido o crime por amor à sua namorada.