Com o acordo, a Azul pretende ampliar a conectividade no Brasil. Segundo a companhia aérea, a parceria reforça a estratégia da Azul em acelerar seus compromissos ESG (sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança) por meio de uma aeronave 100% elétrica.
Por Redação - de São Paulo
A companhia aérea Azul assinou, nesta segunda-feira, uma carta de intenção com a startup alemã Lilium para formar uma malha exclusiva com 'carros voadores' no Brasil. O negócio chega à cifra de US$ 1 bilhão e inclui uma frota de 220 aeronaves eVTOL, com operação prevista a partir de 2025. O memorando, no entanto, está sujeito à finalização dos termos comerciais entre as partes.
Com o acordo, a Azul pretende ampliar a conectividade no Brasil. Segundo a companhia aérea, a parceria reforça a estratégia da Azul em acelerar seus compromissos ESG (sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança) por meio de uma aeronave 100% elétrica e com emissão zero de carbono.
— São Paulo deverá ter vários carros voadores operando em 2030 — acredita o diretor de startup alemã.
Curtas distâncias
A Lilium é referência entre as desenvolvedoras dos eVTOLs - sigla em inglês para veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, os chamados oficialmente os “carros voadores”. A aeronave da alemã tem cabine para seis passageiros, quando os projetos de outras empresas preveem quatro, e poderá voar até 250 quilômetros. Já as concorrentes devem fazer distâncias mais curtas.
O investidor e diretor estratégico da empresa, Alexander Asseily, aposta no Brasil como um dos principais mercados para a companhia.
— Estamos olhando o país de perto. O mercado de helicópteros brasileiro é um dos maiores do mundo, mas é limitado pelo preço e pelo barulho. A Lilium pode fazer esse transporte disponível não só para quem usa helicópteros, mas também para um grupo maior de pessoas — afirmou, a jornalistas.
Fusão
A Lilium está à frente no processo de certificação na Europa. Em 2020, a European Union Aviation Safety Agency (a EASA, órgão equivalente à Anac brasileira) concedeu ao projeto da empresa o primeiro dos documentos necessários para voar.
A Lilium anunciou, no início deste ano, a fusão com a Spac Quell, liderada pelo ex-presidente da GM na América do Norte Barry Engle e, em junho, divulgou que o diretor executivo da Airbus entre 2005 e 2019, Thomas Enders, passará a ser presidente do conselho da empresa quando o processo de fusão chegar ao fim.