Em abril, o conselho de administração da empresa já havia aprovado a compra da companhia pelo bilionário em uma operação avaliada em US$ 44 bilhões. No entanto, Musk deixou a negociação porque diz ter sido enganado sobre a quantidade de contas falsas e de spam da plataforma.
Por Redação, com ANSA - de São Francisco
Os acionistas do Twitter aprovaram na terça-feira a venda da rede social por US$ 44 bilhões para Elon Musk, em meio a uma briga judicial entre as partes após o bilionário desistir do acordo.
O Twitter abriu um processo contra Musk por considerar que o cancelamento do acordo de compra e venda, decidido por ele em julho passado, "é inválido e ilícito".
Em abril, o conselho de administração da empresa já havia aprovado a compra da companhia pelo bilionário em uma operação avaliada em US$ 44 bilhões. No entanto, Musk deixou a negociação porque diz ter sido enganado sobre a quantidade de contas falsas e de spam da plataforma.
O julgamento sobre a disputa entre os dois lados será realizada no dia 17 de outubro, no Tribunal de Chancelaria de Delaware.
Audiência no Senado
O ex-chefe de segurança do Twitter Peiter Zatko foi ouvido durante audiência perante ao comitê de justiça do Senado americano e acusou a rede social de "graves deficiências" em termos de segurança.
Zatko, conhecido no mundo cibernético como 'Mudge', apresentou uma denúncia contra o Twitter à Comissão de Títulos e Câmbio (SEC, na sigla em inglês), ao Departamento de Justiça, à Comissão Federal de Comércio (FTC) e a alguns membros do Congresso em 6 de julho.
Banido das redes sociais em janeiro passado, o ex-chefe de segurança descreveu a empresa como caótica e indefesa, incapaz de proteger adequadamente seus 238 milhões de usuários diários, incluindo agências governamentais e chefes de estado.
Além disso, acusou de violar o acordo de 2011 com a FTC sobre proteção de dados de usuários, de ter enganado as autoridades sobre a identificação e remoção de contas falsas ou spam, incluindo aquelas que poderiam ser usadas para interferência estrangeira e desinformação.
Durante a audiência, Zatko revelou que a plataforma não sabe a procedência de 80% dos dados que recolhe dos usuários e que, informações como modelo e número do celular, endereço e localização são acessíveis para cerca de 4 mil funcionários da rede social.
Ele ainda informou que o Twitter não tem capacidade de proteger os dados das contas e recolhe mais informações dos usuários do que necessário.