Rio de Janeiro, 15 de Junho de 2025

Gilmar Mendes alerta para risco da anistia aos criminosos do golpe

Gilmar Mendes defende decisões do STF e alerta para riscos de anistia a criminosos, destacando a importância da Corte na proteção da democracia.

Segunda, 19 de Maio de 2025 às 20:19, por: CdB

Ao comentar os ataques sofridos pelo Supremo, e a queda de sua popularidade, Gilmar afirmou que a atuação do Tribunal foi essencial para salvar vidas diante da omissão do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Por Redação – de Brasília

Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes saiu em defesa das tomadas de decisão da Corte Suprema de Justiça, ao longo dos últimos anos, especialmente durante a pandemia de covid-19. O magistrado alertou, ainda, para os riscos que projetos de anistia e propostas legislativas podem representar para a democracia brasileira.

Gilmar Mendes alerta para risco da anistia aos criminosos do golpe | O ministro Gilmar Mendes é o decano do Supremo Tribunal Federal (STF)
O ministro Gilmar Mendes é o decano do Supremo Tribunal Federal (STF)

Ao comentar os ataques sofridos pelo Supremo, e a queda de sua popularidade, Gilmar afirmou que a atuação do Tribunal foi essencial para salvar vidas diante da omissão do governo de Jair Bolsonaro (PL).

— O tribunal impediu o governo de continuar com aquela marcha sem sentido que tínhamos, a marcha da insensatez, aquela ideia da imunidade de rebanho — lembrou. Segundo o ministro, sem a intervenção do STF, o governo teria prosseguido com uma política pública “sem sentido”, o que poderia ter custado ainda mais vidas durante a crise sanitária.

 

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Pressões

O ministro também fez observações sobre a deterioração da imagem do STF nos últimos anos, apontando o papel das redes sociais nesse processo.

— Talvez tenhamos a nosso favor uma maioria silenciosa e contra nós uma minoria muito barulhenta — pontuou.

Para o ministro, a escalada da desinformação e dos ataques orquestrados tem influenciado negativamente a percepção pública sobre o Judiciário. Mendes destacou, ainda, que a função do Supremo é, muitas vezes, “contramajoritária”, ou seja, deve resistir às pressões populares quando estas se contrapõem à Constituição.

O tribunal precisa nadar contra a corrente para defender os princípios constitucionais, mesmo que isso custe popularidade — concluiu.

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