O conflito que começou em 7 de outubro deixou dezenas de milhares de mortos, destruiu grande parte da Faixa de Gaza e forçou o deslocamento da maioria dos 2,4 milhões de habitantes do território, que enfrentam o risco de fome.

Segundo a Al Jazeera, as forças israelenses estão disparando contra ambulâncias que tentam chegar aos feridos, enquanto os ataques aéreos israelenses atingem áreas residenciais apinhadas, no interior do campo de refugiados.

Autoridades suspeitam de ataque incendiário em local que abriga milhares de refugiados da minoria muçulmana apátrida que foge de perseguição no vizinho Mianmar.

Trata-se de um dos ataques mais mortais desde o início da operação israelense no território palestino após os atentados cometidos pelo Hamas em 7 de outubro, que deixaram 1,2 mil mortos.

Grupo radical islâmico chama bombardeio israelense de Al Maghazi na noite de Natal de "massacre" e diz que ao menos mais 30 pessoas morreram em outros campos de refugiados. Israel afirma que "investiga o incidente".

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a se reunir nesta segunda-feira para votar nova resolução que pede a suspensão urgente dos ataques. A votação ocorre depois de ter falhado a tentativa de 8 de dezembro para um cessar-fogo imediato.

À medida que a batalha dentro do território palestino governado pelo Hamas se intensifica, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou apelos internacionais para a suspensão dos combates.

O ataque foi um dos mais mortais contra civis desde que os militares tomaram o poder em um golpe de 2021, que desencadeou um conflito com um movimento de resistência e grupos étnicos armados em todo o país.

Organizações não governamentais preveem que o número de deslocados continue a aumentar, já que a operação de Israel poderá arrastar-se por vários dias.