Ataque israelense

Além do líder do Hamas, o Ministério da Saúde de Gaza também confirmou a morte de quatros pessoas, incluíndo pacientes e profissionais de saúde, durante o bombardeio que "causou o pânico.

As Forças Armadas israelenses disseram em um comunicado que atingiram "terroristas" que operavam perto de suas forças e tentavam colocar uma bomba.

O Exército israelense afirmou, na plataforma de mensagens Telegram, ter feito "ataque preciso a um veículo com célula terrorista da Jihad Islâmica na área de Nuseirat".

Segundo comunicado da Unifil, o episódio ocorreu na última terça, quando soldados israelenses abriram fogo contra a missão de paz perto do vilarejo de Dhayra.

Os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio cresceram à medida que Israel planeja sua resposta ao ataque com mísseis realizado pelo Irã em 1º de outubro.

Segundo à agência palestina de notícias Wafa, o novo bombardeio atingiu uma casa que pertencia à família al-Qassas. Entre as vítimas estavam cinco mulheres e quatro crianças.

Testemunhas contaram que “mulheres e crianças explodiram em pedaços” durante o ataque. Entre as vítimas estão seis funcionários da agência da ONU para refugiados palestinianos.

O Exército israelense anunciou nesta segunda-feira ter “identificado até o momento 31” combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica.

As hostilidades ocorridas paralelamente à guerra de Gaza têm levantado preocupações de uma guerra mais ampla e ruinosa entre os adversários fortemente armados, o que levou a esforços diplomáticos dos Estados Unidos para diminuir a intensidade dos combates.

Abu al-Atta, de 34 anos, que jogava como zagueiro no time Al-Ahly Gaza, da Faixa de Gaza, morreu junto com sua esposa Ruba Esmael Abu al-Atta, profissional da área médica, e seus dois filhos quando o ataque aéreo atingiu sua casa na Cidade de Gaza.

Veículos da ONG World Central Kitchen levavam alimentos a áreas ameaçadas de fome no território palestino. Cidadãos da Austrália e Reino Unido estão entre os mortos. Israel promete investigação exaustiva.

Desde o dia 7 de outubro e do ataque sem precedentes do Hamas ao território israelita, Israel prometeu eliminar o movimento islamita e levou a cabo bombardeamentos incessantes no território palestiniano, que danificaram parcialmente a estrutura sanitária.

De acordo com fontes locais, "caças e drones israelenses lançaram rajadas de tiros e lançaram mísseis contra uma multidão que aguardava a entrega de alimentos e suprimentos de socorro", informou à agência palestina de notícias.

Mais de 130 combatentes do Hezbollah, incluindo membros da força Radwan, foram mortos em hostilidades na fronteira entre Israel e Líbano desde que o Hamas atacou Israel a partir de Gaza, em 7 de outubro, dando início a um conflito que se espalhou pela região.

Grupo radical islâmico chama bombardeio israelense de Al Maghazi na noite de Natal de "massacre" e diz que ao menos mais 30 pessoas morreram em outros campos de refugiados. Israel afirma que "investiga o incidente".

Relatos locais indicam que a energia elétrica foi cortada no hospital, e as forças israelenses estariam atirando em qualquer um que tentasse sair da estrutura.

O incidente ocorreu em meio ao aumento das tensões entre árabes e israelenses depois que Israel conduziu nesta semana uma de suas maiores incursões militares em décadas na Cisjordânia ocupada, visando o campo de Jenin, um reduto de militantes palestinos.

Até agora neste ano, 174 palestinos, a maioria deles militantes, mas vários deles civis, foram mortos pelas forças israelenses. Ao mesmo tempo, 24 israelenses e um estrangeiro foram mortos em ataques de palestinos.

Há anos Israel realiza ataques contra o que descreve como alvos ligados ao Irã na Síria, onde a influência de Teerã cresceu desde que o país começou a apoiar o presidente Bashar al-Assad na guerra civil iniciada em 2011.