Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Zuckerberg admite 'erro de execução' em atraso para sinalizar vídeo falso de Nancy Pelosi

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Quinta, 27 de Junho de 2019 às 08:35, por: CdB

O vídeo, um tipo de alteração realista conhecido como “deepfake”, foi desacelerado para fazer o discurso de Pelosi parecer arrastado e editado para fazer parecer que ela repetidamente tropeçou em suas palavras.

Por Redação, com Reuters - de Nova York

O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta quarta-feira que a rede social demorou muito para sinalizar como falso um vídeo alterado da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, que mostra a representante democrata tendo dificuldades na fala em um discurso.
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Presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg
Zuckerberg, em uma conferência em Aspen, Colorado, disse que a demora da resposta foi “um erro de execução do nosso lado”. O vídeo, um tipo de alteração realista conhecido como deepfake, foi desacelerado para fazer o discurso de Pelosi parecer arrastado e editado para fazer parecer que ela repetidamente tropeçou em suas palavras. Depois que o vídeo foi divulgado no mês passado, ele foi amplamente compartilhado no Facebook, no Twitter e no YouTube. O YouTube retirou o vídeo, citando violações da política, mas o Facebook não removeu o clipe, apenas limitando sua distribuição e dizendo aos usuários que tentam compartilhá-lo que ele poderia ser enganoso.

Vídeo

– Demorou um pouco para o nosso sistema sinalizar o vídeo e para os nossos verificadores o avaliarem como falso... e durante esse tempo ele obteve mais distribuição do que nossas políticas deveriam ter permitido – disse Zuckerberg. Zuckerberg disse que o Facebook está considerando desenvolver uma política específica sobre deepfakes. A desinformação por meio de vídeos alterados é uma preocupação crescente no período que antecede a eleição presidencial dos Estados Unidos em 2020, especialmente porque a inteligência artificial está sendo usada para produzir clipes que parecem genuínos e realistas para mostrar pessoas dizendo o que não realmente falaram.

Planos do Facebook para criptomoeda

A zona do euro pode ter um sistema de pagamentos instantâneo compartilhado por todos os bancos do bloco até o final de 2020, disseram autoridades do setor financeiro, em um momento em que bancos enfrentam a concorrência do Facebook e outras empresas de tecnologia. Pagamentos em tempo real têm sido possíveis no bloco desde 2017, mas apenas cerca de metade dos bancos da zona do euro aderiram ao sistema que sustenta essas transações e é usado principalmente para pagamentos domésticos. O projeto agora pode acelerar à medida que os bancos sentem a pressão de novos concorrentes como o Facebook, que na semana passada revelou planos para criar uma criptomoeda que oferecerá pagamentos instantâneos a seus usuários em todo o mundo. – O tempo está correndo – disse Etienne Goosse, diretor-geral do European Payments Council (EPC), que reúne grandes bancos europeus, incluindo o espanhol Santander, o alemão Deutsche Bank e o francês Société Générale.

Pagamentos

Goosse disse que, independentemente do sucesso do Facebook com sua entrada no setor de pagamentos, as grandes empresas de tecnologia estão aqui para ficar e os bancos precisam agir mais rapidamente. Ele disse que as grandes empresas de tecnologia têm a vantagem de serem globais, ao contrário do fragmentado setor bancário europeu. – Eles vêm com uma solução global, sob uma marca global que oferece muitas coisas que os consumidores parecem achar maravilhosas – disse Goosse quando questionado sobre o impacto dos planos do Facebook para a criptomoeda libra. O sistema do EPC para pagamentos instantâneos até agora foi adotado por cerca de 60 por cento das instituições financeiras e prestadores de serviços de pagamentos na zona do euro, disse Goosse, acrescentando que pode chegar a todos os bancos do bloco até o final de 2020. Sem cobertura total, alguns clientes de bancos poderiam passar por falhas nas transações se as transferências envolverem bancos fora do sistema, o que reduz a confiança no novo serviço, disse outra autoridade do EPC. Os pagamentos instantâneos permitem que transações entre indivíduos e empresas sejam concluídas em questão de segundos. Transferências tradicionais levam pelo menos um dia antes do pagamento ser creditado.
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