O líder ucraniano denunciou que o exército russo lançou um ataque a uma estação de transporte público e danificou edifícios residenciais com cerca de 90 drones e dois mísseis balísticos.
Por Redação, com Europa Press – de Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta sexta-feira que a Rússia “está fazendo todo o possível” para garantir que a próxima reunião entre as delegações, prevista para 2 de junho na cidade turca de Istambul, “não produza resultados”.

– Para que uma reunião seja significativa, sua agenda deve ser clara e as negociações devem ser preparadas adequadamente. Infelizmente, a Rússia está fazendo tudo o que pode para garantir que a próxima possível reunião não produza resultados – disse ele, criticando que “há mais de uma semana” Moscou não apresentou o documento com suas condições, conforme prometido.
Zelensky, que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, “valorizou” a cooperação entre Kiev e Ancara “para uma diplomacia eficaz” e agradeceu às autoridades turcas por sua “posição firme”: “seu apoio constante e total à soberania e à integridade territorial da Ucrânia”.
O chefe de Estado ucraniano também agradeceu a Fidan e ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan pelo apoio aos seus esforços “para alcançar uma paz justa e duradoura” e, em particular, pela disposição de sediar a reunião que levou à libertação de mil prisioneiros “do cativeiro russo”.
– Nós abordamos os esforços diplomáticos, tanto os nossos próprios quanto os de nossos parceiros. A Rússia continua a ignorar todos os apelos internacionais para um cessar-fogo e continua com seus massacres – explicou Zelensky em seu perfil na rede social X. “A Rússia continua a ignorar todos os apelos internacionais para um cessar-fogo e continua com seus massacres”, acrescentou.
“O mundo deve ser firme e forte”
Por outro lado, o líder ucraniano denunciou que o exército russo lançou um ataque a uma estação de transporte público e danificou edifícios residenciais com cerca de 90 drones e dois mísseis balísticos.
– Esses ataques acontecem diariamente. A grande maioria tem como alvo a infraestrutura civil e não tem finalidade militar. A estratégia da Rússia é simplesmente destruir vidas”, disse ele, antes de argumentar que o Kremlin “não abandonará essa estratégia sem pressão suficiente.
No entanto, ele afirmou que “até mesmo a conversa sobre uma pausa na pressão ou a flexibilização das sanções é vista em Moscou como uma vitória política e apenas incentiva novos ataques e um contínuo desrespeito à diplomacia”.
– O mundo deve ser firme e forte: os Estados Unidos, a Europa e todos aqueles que buscam a paz. Não devemos negociar com o agressor, mas forçá-lo a parar com a matança e restaurar a segurança – disse ele.