Presidente russo alerta que envio de tropas norte-americanas à Ucrânia representaria uma escalada do conflito. Desde a invasão russa ao território ucraniano, em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido forte apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e de países aliados.
Por Redação, com Poder360 - de Moscou
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que seu país está tecnicamente pronto para uma guerra nuclear e que o envio de tropas norte-americanos para a Ucrânia escalaria o conflito. As declarações foram dadas em entrevista à emissora Rossiya-1 e à agência de notícias estatal RIA.
– Do ponto de vista técnico-militar, estamos prontos – disse Putin quando questionado se a Rússia tinha recursos para uma guerra nuclear. Porém, de acordo com o presidente russo, seu país não se precipitará neste sentido.
Putin citou as circunstâncias nas quais o Kremlin considera recomendável recorrer a armas nucleares: em resposta a um ataque com armas nucleares ou outras armas de destruição em massa; ou em resposta ao uso de armas convencionais em que “a própria existência do Estado é ameaçada”. Segundo Putin, “as armas existem para serem usadas”.
Desde a invasão russa ao território ucraniano, em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido forte apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e de países aliados. Já a Rússia foi isolada por meio de sanções e já alertou diversas vezes para o risco de uma guerra nuclear.
Apesar de todo o apoio estrangeiro, as tropas ucranianas não conquistaram avanços significativos. Hoje, segundo a agência Reuters, os russos controlam quase ⅕ do território ucraniano e estão mostrando maior capacidade de se armar.
Negociações de paz
Putin afirmou na entrevista que “a Rússia está pronta para negociações sobre a Ucrânia”, mas disse que as conversas “devem se basear na realidade e não em desejos depois do uso de drogas psicotrópicas”.
– Agora, negociar só porque eles estão ficando sem munição é um tanto ridículo da nossa parte – completou. Segundo o presidente russo, Moscou não ficará satisfeita com “uma pausa que o inimigo quer fazer para o rearmamento”.