O presidente, que falava antes da eleição presidencial de 15 a 17 de março, quando certamente será reeleito para novo mandato de seis anos, elogiou o arsenal nuclear amplamente modernizado da Rússia, o maior do mundo.
Por Redação, com Reuters - de Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu os países ocidentais nesta quinta-feira de que há risco genuíno de guerra nuclear se eles enviarem seus próprios soldados para lutar na Ucrânia. Acrescentou que Moscou tem armas para atingir alvos no Ocidente.
Dirigindo-se ao Parlamento e a outros membros da elite do país, Putin, de 71 anos, reafirmou a acusação de que o Ocidente está empenhado em enfraquecer a Rússia e sugeriu que os líderes ocidentais não entendem como seria perigosa sua intromissão no que classificou como assuntos internos da Rússia.
Antes de fazer a advertência, ele fez referência a uma ideia, lançada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na segunda-feira, de membros europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) enviarem tropas terrestres para a Ucrânia - sugestão que foi rapidamente rejeitada pelos Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido e outros.
– (As nações ocidentais) precisam se dar conta de que também temos armas que podem atingir alvos em seu território. Tudo isso realmente ameaça um conflito com o uso de armas nucleares e a destruição da civilização. Será que eles não entendem isso? – disse Putin.
O presidente, que falava antes da eleição presidencial de 15 a 17 de março, quando certamente será reeleito para novo mandato de seis anos, elogiou o arsenal nuclear amplamente modernizado da Rússia, o maior do mundo.
Guerra na Ucrânia
A guerra na Ucrânia desencadeou a pior crise nas relações de Moscou com o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962. Putin já havia alertado sobre os perigos de um confronto direto entre a Otan e a Rússia.
Visivelmente irritado, o líder supremo da Rússia por mais de duas décadas sugeriu que os políticos ocidentais se lembrem do destino daqueles que, no passado, invadiram o país sem sucesso, como Adolf Hitler, da Alemanha nazista, e Napoleão Bonaparte, da França.
– Mas agora as consequências serão muito mais trágicas. Eles acham que isso [a guerra] é um desenho animado – disse.