O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, foi questionado sobre o vídeo e afirmou que se essas "imagens horríveis" forem verdadeiras, "poderemos fazer uma investigação". "Precisamos verificar essas imagens".
Por Redação, com ANSA - de Kiev
O vídeo da decapitação de um prisioneiro de guerra ucraniano por um militar russo, que circula nas redes sociais, gerou críticas de Kiev, da União Europeia e até mesmo das Nações Unidas nesta quarta-feira.
– Está circulando na internet um vídeo horrível das tropas russas decapitando um prisioneiro de guerra ucraniano. É absurdo que a Rússia, que é pior que o Estado Islâmico, presida o Conselho de Segurança da ONU. Os terroristas russos devem ser expulsos da Ucrânia e das Nações Unidas e serem responsabilizados por seus crimes – afirmou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
Já a missão da ONU para os Direitos Humanos na Ucrânia declarou estar "horrorizada" com as imagens do assassinato. Além disso, o grupo informou que recebeu outro vídeo que mostra "corpos mutilados, aparentemente de prisioneiros de guerra ucranianos" e pediu que esses episódios "sejam investigados adequadamente e que os responsáveis sejam responsabilizados".
Veracidade do vídeo
A Comissão Europeia também se manifestou, por meio de um porta-voz, e disse que "até o momento, não temos informações adicionais sobre a veracidade do vídeo".
– Mas, se isso for confirmado, é mais uma prova da natureza desumana da agressão russa na Ucrânia. Seria uma grave violação das convenções de Genebra, segundo as quais deve-se garantir condições dignas aos prisioneiros de guerra. A UE aproveita a ocasião para reforçar seu compromisso em levar para a justiça quem está manchado por esses crimes – disse ainda o representante.
Em sua coletiva diária, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, foi questionado sobre o vídeo e afirmou que se essas "imagens horríveis" forem verdadeiras, "poderemos fazer uma investigação". "Precisamos verificar essas imagens", disse ainda conforme relato da agência agência russa de notícias Tass.