A mostra O Eixo do Tempo. Tecidos de Seda para Vestuário de Suzhou permanecerá aberta até 29 de fevereiro e faz parte de um projeto que relembra e renova o vínculo histórico entre as duas cidades aquáticas oficialmente geminadas desde 1980 e localizadas nos extremos da Rota da Seda.
Por Redação, com ANSA - de Roma
A cidade de Veneza, na Itália, abriu na quarta-feira uma exposição no Museu Palazzo Mocenigo para marcar o início das celebrações do 700º aniversário da morte do explorador e mercador Marco Polo.
A mostra O Eixo do Tempo. Tecidos de Seda para Vestuário de Suzhou permanecerá aberta até 29 de fevereiro e faz parte de um projeto que relembra e renova o vínculo histórico entre as duas cidades aquáticas oficialmente geminadas desde 1980 e localizadas nos extremos da Rota da Seda.
– Esta é uma exposição que nos permite estreitar os laços com Suzhou e a China, graças à figura de Marco Polo, como um grande viajante, grande diplomata e comerciante, mas também uma homem que soube como interceptar e compreender profundamente uma cultura diferente da nossa, que soube amá-la e difundi-la em casa e no mundo – afirmou a assessora para Promoção de Território, Paola Mar.
Segundo ela, a personalidade do explorador é "sempre atual e contemporânea, um exemplo para todos os venezianos e além: o que somos hoje também devemos isso a Marco Polo, às suas viagens, às suas experiências".
Tanto Veneza quanto Suzhou possuem uma forte ligação com a figura de Marco Polo que, durante a sua longa viagem ao Oriente, se encantou com a cidade pelas suas sedas, que é protagonista da exposição. Ao todo, são cerca de 20 vestidos, criações originais, tecidos e réplicas fiéis de roupas antigas provenientes do Museu da Seda de Suzhou.
A mostra faz parte de uma série de homenagens ao explorador veneziano, que morreu em 8 de janeiro de 1324, organizadas pelo município e pela Ca'Universidade Foscari de Veneza, com a colaboração da Fundação Museu Cívico local e de diversas associações nacionais e intenacionais da cidade italiana.
Ásia e a Europa
Os eventos serão oportunidades para prestigiar a memória do veneziano, conhecido pelo "primeiro relato confiável e completo do Oriente e pela primeira contribuição ao conhecimento mútuo entre a Ásia e a Europa".
A Comissão Nacional para as celebrações foi reconhecida por um decreto do Ministério da Cultura da Itália, assinado pelo ministro da pasta, Gennaro Sangiuliano. Entre as iniciativas há as de caráter científico, expositivo, literário e cultural, que podem ser acompanhadas pelo site oficial (leviedimarcopolo.it) e através das redes sociais da prefeitura.
O calendário tem duração de três anos, tendo em vista que existem atividades programadas para 2025 e 2026. O destaque será a exposição "Os mundos de Marco Polo. A viagem de um comerciante veneziano no século XIII" apresentada no Palazzo Ducale, de 6 de abril a 29 de setembro de 2024.
A "viagem" contará com mais de 300 obras das coleções venezianas, das maiores e mais importantes instituições italianas e europeias, e outras emprestadas de museus da Armênia, China, Catar e Canadá.
Já o Palazzo Mocenigo também acolherá, de 29 de abril a 30 de setembro, uma seleção de figurinos e esquetes, protagonistas da inesquecível produção internacional da Rai, o drama Marco Polo de 1982, que contou com a participação internacional, incluindo a própria China.
O habitual encontro com a arte caligráfica está previsto para outubro, com masterclasses e a exposição no Salão das Quatro Portas do Museu Correr.
Por sua vez, A incrível viagem de Marco Polo será o tema do Carnaval de Veneza, de 27 de janeiro a 13 de fevereiro, para celebrar a viagem, descoberta e o encontro pelas ruas e praças da cidade com mundos antes só imaginado.