Rio de Janeiro, 16 de Abril de 2025

Variante brasileira pode virar 'monstro', diz governadora italiana

A governadora de uma das regiões mais afetadas atualmente pela pandemia do novo coronavírus na Itália afirmou nesta terça-feira que a variante brasileira do Sars-CoV-2 pode se tornar um "novo monstro".

Terça, 09 de Fevereiro de 2021 às 11:14, por: CdB

A governadora de uma das regiões mais afetadas atualmente pela pandemia do novo coronavírus na Itália afirmou nesta terça-feira que a variante brasileira do Sars-CoV-2 pode se tornar um "novo monstro".

Por Redação, com ANSA - de Roma A governadora de uma das regiões mais afetadas atualmente pela pandemia do novo coronavírus na Itália afirmou nesta terça-feira que a variante brasileira do Sars-CoV-2 pode se tornar um "novo monstro".
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Centro de Perúgia deserto devido a lockdown
Donatella Tesei, governadora da Úmbria, no centro do país, expressou sua preocupação com as mutações do vírus durante pronunciamento na Assembleia Legislativa regional, situada em Perúgia.

– A variante brasileira arrisca se tornar o novo monstro desta crise em toda a Itália. Digo isso com preocupação pela Úmbria e por todo o país – declarou Tesei, do partido de extrema direita Liga.

Perúgia abriga um foco de disseminação da variante brasileira do Sars-CoV-2 que já contabiliza mais de 40 infectados. Na semana passada, o governo regional havia informado que a variante contém mutações "tidas como particularmente agressivas e menos reconhecíveis pelo sistema imunológico já treinado" para o vírus original.

Autoridades sanitárias da Úmbria

Em outras palavras, as autoridades sanitárias da Úmbria temem que pessoas que já tenham anticorpos contra o Sars-CoV-2 também possam estar expostas à variante brasileira. "Ainda há notícias de novos focos em hospitais de Bolonha, em Marcas, Abruzzo, Molise, na Toscana, em Messina. Se for assim - e eu espero que não -, caberá à Úmbria enfrentar a nova variante primeiro", disse Tesei.

Até o momento, a região contabiliza 38.674 casos e 840 mortes na pandemia, enquanto a Itália inteira soma 2,64 milhões de contágios e 91.580 óbitos. No entanto, a escassa cobertura hospitalar faz a Úmbria viver uma das situações mais delicadas no país atualmente.

De acordo com levantamento do jornal Il Sole 24 Ore, a região tem a maior taxa de ocupação de leitos de UTI em toda a Itália, com índice de 59,23%. Além disso, boa parte da Úmbria, incluindo a província de Perúgia, está em lockdown para conter a disseminação do novo coronavírus.

A difusão da variante brasileira, que teria surgido em Manaus, já fez o governo italiano proibir a entrada no país de pessoas que tenham transitado pelo Brasil nos 14 dias anteriores à viagem.

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