A governadora de uma das regiões mais afetadas atualmente pela pandemia do novo coronavírus na Itália afirmou nesta terça-feira que a variante brasileira do Sars-CoV-2 pode se tornar um "novo monstro".
Por Redação, com ANSA - de Roma A governadora de uma das regiões mais afetadas atualmente pela pandemia do novo coronavírus na Itália afirmou nesta terça-feira que a variante brasileira do Sars-CoV-2 pode se tornar um "novo monstro".– A variante brasileira arrisca se tornar o novo monstro desta crise em toda a Itália. Digo isso com preocupação pela Úmbria e por todo o país – declarou Tesei, do partido de extrema direita Liga.
Perúgia abriga um foco de disseminação da variante brasileira do Sars-CoV-2 que já contabiliza mais de 40 infectados. Na semana passada, o governo regional havia informado que a variante contém mutações "tidas como particularmente agressivas e menos reconhecíveis pelo sistema imunológico já treinado" para o vírus original.
Autoridades sanitárias da Úmbria
Em outras palavras, as autoridades sanitárias da Úmbria temem que pessoas que já tenham anticorpos contra o Sars-CoV-2 também possam estar expostas à variante brasileira. "Ainda há notícias de novos focos em hospitais de Bolonha, em Marcas, Abruzzo, Molise, na Toscana, em Messina. Se for assim - e eu espero que não -, caberá à Úmbria enfrentar a nova variante primeiro", disse Tesei.
Até o momento, a região contabiliza 38.674 casos e 840 mortes na pandemia, enquanto a Itália inteira soma 2,64 milhões de contágios e 91.580 óbitos. No entanto, a escassa cobertura hospitalar faz a Úmbria viver uma das situações mais delicadas no país atualmente.
De acordo com levantamento do jornal Il Sole 24 Ore, a região tem a maior taxa de ocupação de leitos de UTI em toda a Itália, com índice de 59,23%. Além disso, boa parte da Úmbria, incluindo a província de Perúgia, está em lockdown para conter a disseminação do novo coronavírus.
A difusão da variante brasileira, que teria surgido em Manaus, já fez o governo italiano proibir a entrada no país de pessoas que tenham transitado pelo Brasil nos 14 dias anteriores à viagem.