Trabalhadores de saúde com obesidade produziram apenas cerca de metade dos anticorpos produzidos por pessoas saudáveis, mostra estudo liderado por pesquisadores italianos.
Por Redação, com Sputnik - de Roma/Nova York
Trabalhadores de saúde com obesidade produziram apenas cerca de metade dos anticorpos produzidos por pessoas saudáveis, mostra estudo liderado por pesquisadores italianos.
Obesidade e a covid-19
Pesquisas anteriores sugeriram que a obesidade, que é definida pelo índice de massa corporal (IMC) acima de 30, aumenta o risco de morrer de covid-19 em quase 50%, além de aumentar o risco de acabar no hospital em 113%. Parte da explicação disso é porque as pessoas com obesidade geralmente têm outras condições médicas subjacentes, como doenças cardíacas ou diabetes tipo 2, que aumentam o risco do novo coronavírus. Mas o excesso de gordura corporal também pode causar alterações metabólicas, como resistência à insulina e inflamação, o que torna mais difícil para o corpo combater as infecções. – Sempre soubemos que o IMC era um grande preditor de resposta imunológica deficiente às vacinas, então este artigo é definitivamente interessante, embora seja baseado em um pequeno conjunto de dados preliminares (…). Isso confirma que ter uma população vacinada não é sinônimo de ter uma população imune, especialmente em um país com alta obesidade, e enfatiza a necessidade vital de programas de monitoramento imunológico de longo prazo – afirma Danny Altmann, professor de imunologia do Imperial College de Londres, Reino Unido, ao jornal The Guardian. Em um estudo separado, com profissionais de saúde brasileiros, Altmann e seus colegas mostraram que a reinfecção com SARS-CoV-2 também era mais comum entre pessoas com IMC alto e que elas tendiam a ter respostas de anticorpos mais baixas à infecção original.'Névoa cerebral'
Os cientistas descobriram o que leva ao surgimento da "névoa cerebral" entre os infetados pela covid-19, segundo estudo publicado na revista Cancer Cell.
Especialistas do Centro Oncológico Memorial de Sloan-Kettering, Nova York, EUA, junto com seus colegas estudaram o líquido cefalorraquidiano de 18 pacientes com câncer que tiveram problemas neurológicos depois da infecção pelo novo coronavírus.
A disfunção neurológica é caracterizada por tais sintomas como fadiga, perda de memória, desorientação e outras anomalias, que são chamadas de "névoa cerebral".
– Descobrimos em pacientes inflamação e um nível alto de citocinas no líquido cefalorraquidiano, o que explica seus sintomas – explicou o pesquisador Jan Remsik.
As citocinas são um tipo de moléculas sinalizadoras que mediam e regulam a imunidade, a inflamação e o processo de renovação celular do sangue.
Em alguns casos, a covid-19 provoca a produção excessiva destas moléculas e leva a assim à chamada tempestade de citocinas, o que representa uma ameaça para a vida.
– A ideia é que o fluxo destas substâncias químicas no sistema imunológicos penetra no cérebro. Isso causa os sintomas observados de encefalopatia em pacientes, ou seja, danos no cérebro que levam à morte de neurônios – disse especialista.
Os cientistas precisam de mais dados para descobrir a relação exata entre a covid-19 e os efeitos neurológicos após infecção.
O Brasil já registrou 10.551.259 casos, 254.942 mortes e 9.382.316 pacientes recuperados da covid-19. No mundo há 114.099.454 casos confirmados, 2.531.489 óbitos e 64.442.231 pacientes recuperados do novo coronavírus.