Para os alunos, professores e funcionários da UFRJ, um novo protocolo de testagem é adotado: quem apresenta sintomas respiratórios ou teve contato próximo com um caso confirmado da covid-19 deve ser testado no centro de triagem diagnóstica da instituição.
Por Redação, com Canaltech e ABr - do Rio de Janeiro
Após meses de relaxamento das medidas que visam impedir a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) volta a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados e em aglomerações dentro do seu espaço. Em paralelo, reforça a importância da higienização frequente das mãos.
Para os alunos, professores e funcionários da UFRJ, um novo protocolo de testagem é adotado: quem apresenta sintomas respiratórios ou teve contato próximo com um caso confirmado da covid-19 deve ser testado no centro de triagem diagnóstica da instituição. As medidas foram estabelecidas pelo Núcleo de Enfrentamento e Estudos em Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier).
Por que a UFRJ volta a recomendar máscaras da covid?
"Diante da constatação de aumento moderado e progressivo de casos positivos diagnosticados no CTD/NEEDIER e da preocupação com uma nova onda da covid-19, fato já constatado em outros países, julgamos prudente alertar ao corpo social da universidade e recomendar o uso adequado de máscaras em ambientes fechados e em contextos de aglomeração humana, assim como higienização frequente das mãos", afirma nota técnica, assinada por Terezinha Marta Castiñeiras, da Faculdade de Medicina da UFRJ.
Nova onda global da covid-19
Para entender, a nota faz referência ao aumento de casos da covid-19 constatado pelo último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). Divulgado na última segunda-feira, o documento relata cerca de 1,5 milhão de novos casos de covid-19, entre os dias 10 de julho e 6 de agosto. O valor representa um aumento de 80% em relação ao período anterior, e é puxado pela situação crítica no leste da Ásia e na Oceania. No entanto, no mesmo período, as mortes tiveram uma queda de 57%.
Embora a OMS diagnostique o aumento de casos globais da covid-19, a entidade explica que este número pode ser subestimado. Isso porque o número de testes e de relatórios sobre a doença estão diminuindo gradualmente. Dos 234 países, apenas 103 (44%) atualizaram os seus números de casos nos últimos 28 dias.
Em recente estudo, a pesquisadora britânica Christina Pagel alerta para a chegada de uma nova onda da covid-19 no Reino Unido. Além da tendência de aumento de casos, ela aponta para a evolução do coronavírus e o risco de novas variantes, como a BA.6. Esta é considerada potencialmente de risco por especialistas, mas está limitada geograficamente aos países Dinamarca e Israel. Mesmo assim, alguns especialistas já defendem o uso massivo de máscaras.
Como está a covid-19 no Rio?
Apesar da nova onda global de casos da covid-19, os dados regionais da cidade do Rio de Janeiro não apontam, até o momento, para o mesmo cenário. Segundo apuração da Agência Brasil, no dia 8 de agosto, a média móvel de novos casos diários da covid-19 era 16, enquanto em 8 de julho estava em 36. Em 8 de junho, a média estava em 30. Ainda não foram divulgados os dados dos últimos dias.
Conforme aponta a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), nas últimas quatro semanas epidemiológicas, até quarta-feira, foram notificados 493 casos de covid-19 no Estado, sendo 12 óbitos. Na última semana, não houve nenhum óbito confirmado até o momento.
Independente dos novos casos, é preciso reforçar que as doses de reforço da vacina contra a covid-19 estão amplamente disponíveis para toda a população. Para receber a vacina em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), é preciso ter apenas quatro quatro meses de intervalo entre as doses e levar a carteirinha de vacinação com um documento com foto.