A União Europeia iniciou um novo processo contra a AstraZeneca nesta terça-feira que pode resultar em sanções financeiras contra o laboratório, que o bloco alega ter violado um contrato de fornecimento de vacinas contra covid-19.
Por Redação, com Reuters - de Bruxelas
A União Europeia iniciou um novo processo contra a AstraZeneca nesta terça-feira que pode resultar em sanções financeiras contra o laboratório, que o bloco alega ter violado um contrato de fornecimento de vacinas contra covid-19.
O processo é o segundo da UE contra a AstraZeneca. No final de abril, o bloco ingressou com ação contra atrasos nos suprimentos de vacinas.
A AstraZeneca disse que o primeiro processo da UE não tem mérito, afirmando ter cumprido o contrato. Um advogado do laboratório disse nesta terça-feira que o novo processo não é necessário, dado que um já está tramitando.
Rafael Jafferali, advogado da UE que falava em um tribunal belga na audiência desta terça-feira, pediu que a AstraZeneca entregue um total de 120 milhões de doses da vacina até o final de junho, o primeiro pedido formal de Bruxelas sobre o volume exato que deseja receber até meados do ano.
Originalmente, a farmacêutica anglo-sueca havia se comprometido a entregar 300 milhões de doses da vacina entre dezembro e o final de junho, mas adiou as remessas e só entregou 50 milhões até o momento, quantidade que pelo contrato era esperada em janeiro.
Atrasos
Como compensação parcial e imediata pelos atrasos, Jafferali disse à corte que a empresa deveria entregar 120 milhões de doses até o final de junho - 90 milhões no segundo trimestre, além das 30 milhões enviadas no final de março.
A meta da AstraZeneca é despachar 100 milhões de doses até o meio do ano, o que o advogado da empresa, Hakim Boularbah, confirmou na audiência desta terça-feira.