O governador de Ryazan, Pavel Malkov, disse que ao menos oito drones foram abatidos por sistemas de defesa aérea na região nas primeiras horas da manhã.
Por Redação, com Europa Press – de Moscou
As Forças Armadas ucranianas informaram nesta sexta-feira um bombardeio a uma refinaria de petróleo na região russa de Ryazan, ao sul de Moscou, sem que nem o lado ucraniano nem o russo tenham esclarecido as consequências exatas desse ataque, que se soma a outros anteriores contra alvos ligados à infraestrutura energética.

O chefe da unidade de drones do exército ucraniano, Robert Brovdi, confirmou o ataque em sua conta no Facebook contra o que é considerado uma das principais refinarias de petróleo da Rússia, localizada a cerca de 200 quilômetros de Moscou.
O governador de Ryazan, Pavel Malkov, disse no Telegram que ao menos oito drones foram abatidos por sistemas de defesa aérea na região nas primeiras horas da manhã. Embora ele não tenha fornecido muitos detalhes, ele reconheceu que os destroços de algumas dessas aeronaves caíram em uma zona industrial.
O Ministério da Defesa elevou para mais de 90 o número de drones abatidos durante a noite, em um balanço que também inclui o Mar Negro e a península da Crimeia.
Zelenskybsugere que Trump está “desapontado” com Orbán por continuar a importar petróleo russo
A Hungria alega que compra petróleo bruto publicamente, enquanto outros países europeus o compram “secretamente”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, advertiu em até três discursos ou aparições entre quinta e sexta-feira que seu homólogo norte-americano, Donald Trump, está “decepcionado” com os governos da Hungria e da Eslováquia por não reduzirem as importações de petróleo da Rússia, uma crítica recorrente à qual o governo de Viktor Orbán respondeu novamente apelando para a segurança energética e a estabilidade econômica.
Zelensky, que na quinta-feira participou junto com outros líderes europeus de um telefonema com Trump, disse que nessa conversa foi dada “muita atenção” à necessidade de buscar formas de reduzir a renda da Rússia. “O presidente Trump expressou sua decepção com os europeus que continuam a comprar petróleo e gás”, disse o líder ucraniano na sexta-feira, aparecendo ao lado do presidente do Conselho Europeu, António Costa, em Uzhhorod.
As “preocupações” de Trump supostamente colocaram a Eslováquia e a Hungria no centro das atenções, “e possivelmente outros países também”, nas palavras de Zelensky, que está recebendo o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico nesta sexta-feira, dias depois que este último se reuniu com o presidente russo Vladimir Putin em Pequim.
Tanto a Eslováquia quanto a Hungria sempre se defenderam das acusações, acusando, por exemplo, os outros parceiros da UE de não levarem em conta sua situação geográfica ou a falta de alternativas.
– A Hungria compra petróleo russo de forma transparente e porque não tem outra opção – argumentou o Ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto. “Outros países europeus fazem isso secretamente, por baixo dos panos, porque é mais barato”, acrescentou ele, sem apontar nenhum governo específico.
Nesse sentido, o chefe da diplomacia húngara garantiu que o fornecimento é “uma questão física”, já que “só se pode comprar (petróleo) se houver oleodutos” para isso. Szijjarto acusou a UE de atrasar a expansão de outras redes de oleodutos importantes na região.