A polícia nacional holandesa não comentou o caso. Autoridades do governo holandês encaminharam as demandas sobre o assunto para o gabinete da procuradoria nacional, onde ninguém comentou até o momento.
Por Redação, com Reuters - de Amsterdã
A Turquia informou nesta quinta-feira que deportou uma jornalista que trabalha para o maior jornal de economia da Holanda, o Het Financieele Dagblad, depois de receber informações da polícia holandesa de ela teria ligações “com uma determinada organização terrorista”. O jornal defendeu a jornalista, Ans Boersma, e chamou a expulsão de uma “flagrante violação da liberdade de imprensa”. – Ans desempenhou seu trabalho com prudência e responsabilidade... É extraordinariamente triste que jornalistas na Turquia não possam fazer seu trabalho em paz – escreveu o editor-executivo do jornal, Jan Bonjer, na própria publicação. A polícia nacional holandesa não comentou o caso. Autoridades do governo holandês encaminharam as demandas sobre o assunto para o gabinete da procuradoria nacional, onde ninguém comentou até o momento. As autoridades turcas disseram inicialmente que a deportação de Boersma não estava ligada a seu trabalho como jornalista, afirmando em seguida se tratar de uma “suspeita de ligação com terrorismo”. O gabinete do presidente turco, Tayyip Erdogan, emitiu posteriormente um comunicado afirmando que autoridades turcas receberam informações de inteligência da polícia holandesa segundo as quais Ans Boersma “tinha ligações com uma determinada organização terrorista, e com um pedido por informações sobre os movimentos de entrada e saída dela da Turquia”.