Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Tropas da Ucrânia resistem em Sievierodonetsk, após destruição de ponte

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Terça, 14 de Junho de 2022 às 07:52, por: CdB

A Ucrânia diz que mais de 500 civis estão presos dentro de uma fábrica de produtos químicos em uma zona industrial da cidade, onde suas forças têm resistido a semanas de bombardeios e ataques russos.

Por Redação, com Reuters - de Kiev

A Ucrânia disse nesta terça-feira que suas forças ainda resistem dentro de Sievierodonetsk e tentam retirar civis, depois que a Rússia destruiu a última ponte para a cidade devastada no Leste, em um potencial ponto de virada em uma das batalhas mais sangrentas da guerra.
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Mais de 500 civis estão presos em uma fábrica de produtos químicos
— A situação é muito difícil, mas há comunicação com a cidade. As tropas russas estão tentando invadir a cidade, mas os militares estão se mantendo firmes — apesar da destruição da última ponte sobre o rio Siverskyi Donets, afirmou o prefeito ucraniano de Sievierodonetsk, Oleksandr Stryuk. A Ucrânia diz que mais de 500 civis estão presos dentro de uma fábrica de produtos químicos em uma zona industrial da cidade, onde suas forças têm resistido a semanas de bombardeios e ataques russos. As retiradas ainda estão sendo realizadas "a cada minuto quando há uma calmaria e há possibilidade de transporte", disse Stryuk. — Mas são retiradas discretas, feitas uma a uma, e todas as chances possíveis são aproveitadas — acrescentou. Ambos os lados afirmam ter infligido enormes baixas ao inimigo nos combates pela cidade, o principal alvo da Rússia em sua batalha pelo Leste depois que não conseguiu capturar a capital da Ucrânia, Kiev, em março. Combate A Ucrânia ainda detém Lysychansk, a cidade gêmea de Sievierodonetsk em um terreno mais alto na margem oposta. Mas com todas as pontes agora cortadas, suas forças reconhecem o risco de serem cercadas se permanecerem. Os representantes separatistas da Rússia disseram que quaisquer tropas ucranianas deixadas para trás precisam se render ou serão mortas. Damien Megrou, porta-voz de uma unidade de voluntários estrangeiros que ajudam a defender Sievierodonetsk, afirmou que existe o risco de deixar "um grande bolsão de defensores ucranianos isolados do resto das tropas ucranianas" - como em Mariupol, que caiu em maio após meses de cerco russo. A batalha por Sievierodonetsk, uma cidade de pouco mais de 100 mil pessoas antes da guerra, é agora o maior combate na Ucrânia. Kiev disse que está perdendo impressionantes 100 a 200 soldados a cada dia, com centenas de feridos. Em um discurso noturno, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, descreveu a batalha pela região de Donbas, no Leste, como uma das mais brutais da história europeia. A Rússia não fornece números regulares de suas próprias perdas, mas os países ocidentais dizem que foram enormes, já que Moscou comprometeu a maior parte de seu poder de fogo para cumprir um dos objetivos declarados do presidente Vladimir Putin: forçar Kiev a ceder todo o território de duas províncias no Leste do país.

Armas

A jornalistas dinamarqueses, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy disse nesta terça-feira que os militares da Ucrânia têm munição e armas suficientes, mas precisam de mais armas de longo alcance. — Temos armas suficientes. O que não temos o suficiente são as armas que realmente atingem o alcance que precisamos para reduzir a vantagem do equipamento da Federação Russa — disse em uma coletiva de imprensa online organizada pela editora dinamarquesa Berlingske Media.
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