O ministro não especificou como exatamente Taipé pretende responder se as aeronaves chinesas violarem o espaço aéreo da ilha, mas salientou que as Forças Armadas de Taiwan "definitivamente têm sua linha vermelha" e vão empregar contramedidas se essa linha de defesa da linha for cruzada.
Por Redação, com Sputnik - de Taipé/Pequim
Taiwan alertou a China contra a realização de quaisquer voos militares no espaço aéreo de Taiwan, prometendo tratar tais incursões como um "primeiro ataque", de acordo com o ministro da Defesa taiwanês, Chiu Kuo-Cheng.
Em seu discurso aos parlamentares em reunião do Comitê de Defesa Nacional na quarta-feira, Chiu disse que qualquer avião de combate chinês ou drones que entrarem no espaço aéreo territorial de Taiwan terão uma resposta de Taipé.
Ele lembrou que, no passado, Taipé prometeu não ser o primeiro a atacar, a menos que o exército da China disparasse projéteis de artilharia ou mísseis contra a ilha autogovernada.
– Mas agora a definição obviamente mudou, já que a China usa meios como drones. Então, nós ajustamos (a definição) e vamos considerar qualquer passagem de meios aéreos como um primeiro ataque – explicou ministro da Defesa de Taiwan.
Aeronaves chinesas
O ministro não especificou como exatamente Taipé pretende responder se as aeronaves chinesas violarem o espaço aéreo da ilha, mas salientou que as Forças Armadas de Taiwan "definitivamente têm sua linha vermelha" e vão empregar contramedidas se essa linha de defesa da linha for cruzada.
Por sua vez, o jornal The New York Times informou que os EUA têm planos de construir em Taiwan "um depósito de armas" de grandes proporções para que a ilha possa responder a uma suposta ofensiva da China.
EUA querem criar 'grande depósito de armas' em Taiwan
Os EUA querem construir em Taiwan "um depósito de armas" de grandes proporções para que a ilha possa responder a uma suposta ofensiva da China.
De acordo com o The New York Times, os exercícios militares de Pequim demonstram que a China seria capaz de bloquear a ilha antes de lançar uma ofensiva.
Nestas condições, Taipé precisaria contar com uma quantidade suficiente de armas para ser capaz de conter o ataque.
Funcionários citados pelo NYT afirmaram que Taiwan deve ser capaz de se defender até que "os EUA ou outras nações intervenham, caso desejem intervir".
No entanto, o fornecimento de armas à ilha tem sido comprometido por diversos fatores.
Washington e seus aliados têm um número limitado de armas, e atualmente, estão priorizando o envio de armas à Ucrânia.
Contudo, os fabricantes querem pedidos de longo prazo para aumentar o volume de produção. Além disso, Washington não sabe qual a reação da China em caso de aumento no fornecimento de armas à ilha.