O atentado foi o mais letal em uma década a atingir Peshawar, uma cidade do noroeste perto da fronteira afegã, e todos os mortos, exceto três, eram policiais, tornando-o o pior ataque sofrido pelas forças de segurança do Paquistão em um único evento na história recente.
Por Redação, com Reuters - de Peshawar
A polícia que investiga um atentado suicida que matou mais de 100 pessoas em uma mesquita no Paquistão disse na terça-feira que várias pessoas foram presas e não pode descartar a possibilidade de que o homem-bomba tenha tido assistência interna para escapar de verificações de segurança.
O atentado foi o mais letal em uma década a atingir Peshawar, uma cidade do noroeste perto da fronteira afegã, e todos os mortos, exceto três, eram policiais, tornando-o o pior ataque sofrido pelas forças de segurança do Paquistão em um único evento na história recente.
O homem-bomba explodiu na segunda-feira enquanto centenas de fiéis se reuniam para as orações do meio-dia em uma mesquita construída especificamente para a polícia e suas famílias que vivem em uma área altamente fortificada.
– Encontramos algumas pistas excelentes e, com base nessas pistas, fizemos algumas prisões importantes – disse o chefe da polícia de Peshawar, Ijaz Khan, à agência inglesa de notícias Reuters.
– Não podemos descartar ajuda interna, mas como a investigação ainda está em andamento, não poderei compartilhar mais detalhes.
Os investigadores
Os investigadores, que incluem agentes antiterroristas e de inteligência, estão se concentrando em como o agressor conseguiu violar os postos de controle militar e policial que levam ao distrito de Police Lines, um acampamento independente da era colonial no Centro da cidade que abriga policiais e suas famílias.
O ministro da Defesa, Khawaja Asif, disse que o homem-bomba estava na primeira fila da sala de orações quando atacou. Os restos mortais do agressor foram recuperados, afirmou o chefe de polícia da província, Moazzam Jah Ansari, à Reuters.
– Acreditamos que os agressores não são um grupo organizado – acrescentou.
O grupo militante mais ativo na área, o Talebã paquistanês, também chamado de Tehreek-e-Taliban Paquistão (TTP), negou a responsabilidade pelo ataque, que nenhum grupo reivindicou até agora. O ministro do Interior, Rana Sanaullah, disse ao Parlamento que a culpa era de uma facção dissidente do TTP.