"Esclarecemos que, em pleno respeito, mas também gozando da mesma liberdade de pensamento, consciência e religião (…), o referido candidato não é membro de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil em nenhuma de suas paróquias, a comunidades, missões ou obras sociais", atesta o arcebispo Dom Tito Hanna.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A presença inusitada do candidato do PTB à Presidência da República, Kelmon Luís da Silva Souza, que se autodenomina padre, transformou-se em um episódio lamentável, durante o debate entre os principais concorrentes ao Palácio do Planalto, na noite passada. Padre Kelmon, conforme se registrou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, não integra a Igreja Ortodoxa. Quem atesta é Dom Tito Paulo George Hanna, arcebispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil, em nota pública divulgada nesta sexta-feira.
"Chegou ao nosso conhecimento que muitos cidadãos têm questionado membros da nossa igreja a respeito de um candidato à Presidência da República pelo PTB que se autodenomina como Padre Kelmon, utilizando insígnias de nossa tradição, sobre a veracidade de seu vínculo à nossa Igreja”.
Vestimentas
"Diante disso, esclarecemos que, em pleno respeito, mas também gozando da mesma liberdade de pensamento, consciência e religião (…), o referido candidato não é membro de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil em nenhuma de suas paróquias, a comunidades, missões ou obras sociais".
Ainda segundo o documento, Kelmon nunca foi seminarista ou membro do clero da Igreja em nenhum dos três graus da ordem, quer no Brasil ou em outro país.
Kelmon se apresenta como sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil, aparecendo em peças de campanha com vestimentas tradicionais da igreja. Kelmon Souza substituiu o presidiário Roberto Jefferson na representação do PTB.