Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Sobe número de mortos por chuvas no Rio Grande do Sul

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Terça, 07 de Maio de 2024 às 11:10, por: CdB

Ao todo, segundo o balanço, o Estado tem mais de 1,3 milhão de pessoas afetadas pelo evento climático extremo. O número de municípios atingidos por ocorrências subiu para 388. No RS, já são mais de 203,8 mil pessoas desalojadas e 361 feridas.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

O número de mortes causadas pelas chuvas devastadoras que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada subiu para 90. As informações são Defesa Civil do Estado em balanço divulgado na manhã desta terça-feira.

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Ao todo, mais de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas pelos temporais

Outros quatro óbitos estão sob investigação e ao menos 132 pessoas seguem desaparecidas.

Ao todo, segundo o balanço, o Estado tem mais de 1,3 milhão de pessoas afetadas pelo evento climático extremo. O número de municípios atingidos por ocorrências subiu para 388. No RS, já são mais de 203,8 mil pessoas desalojadas e 361 feridas.

Além das cheias em rios, as chuvas causaram a destruição de estradas e pontes, e por isso, afetam os serviços básicos de fornecimento de água, energia elétrica e de telefonia nas regiões.

Em razão do estado de calamidade pública, o Congresso Nacional e o governo federal preparam verbas emergenciais para reconstrução do RS e todos eventos importantes, como o Concurso Nacional Unificado e prazos sobre processos, foram adiados.

Base aérea de Canoas está com capacidade limitada, alerta general

Com o aeroporto internacional de Porto Alegre fechado por tempo indeterminado, a Base Aérea de Canoas, na região metropolitana da capital gaúcha, se transformou no principal centro logístico de apoio às operações de atendimento e resgate das vítimas das enchentes no estado. É por ali que chegam donativos e mantimentos, equipes de resgate, além do controle do tráfego aéreo.

Por causa da alta demanda, o general Marcelo Guedon, do Exército Brasileiro, afirmou, durante reunião da sala de situação do governo federal, nesta segunda-feira 6, que o pátio da base, que “tem capacidade limitada” para grandes aeronaves, não teria capacidade de centralizar toda o logística envolvida na operação, especialmente em relação aos donativos que começam a chegar em grande quantidade. Ele sugeriu a descentralização das entregas por outros aeroportos regionais do estado.

– Não seria interessante centralizar totalmente em Canoas (a chegada de donativos) que, com isso daí, vai praticamente inviabilizar a operação (de resgate). E a gente mantém 11 ou 12 aeroportos que atendem a parte oeste do RS, parte do Sul, como Bagé e Pelotas, e a parte central, que é nossa maior dificuldade – afirmou.

Na segunda-feira, a aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), chegou em Canoas com cerca de 18 toneladas de mantimentos doados.

Segundo o militar, o trabalho integrado de militares e civis no auxílio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul resultou, até o momento, no resgate de 46 mil pessoas. Ao todo, foram 5 salvamentos aéreos. Há mais de 10,3 mil militares envolvidos na operação, cerca de 42 aeronaves, mais de 1,1 mil viaturas e cerca de 250 embarcações.

Levantamento dos estragos

Na abertura da reunião, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que as diferentes pastas devem trabalhar com o levantamento das demandas de reparação e reconstrução, que deverão começar por escolas, creches, unidades de saúde e hospitais. Esse trabalho está sendo feito paralelamente aos esforços de resgate.

– Nós vamos ter que levantar aquilo que será preciso fazer, seja de execução direta, seja de atendimento ao estado e municípios. São ações restritas a questões vinculadas à calamidade. A partir de quarta [8], a gente vai passar a se dedicar cada vez mais a esse atendimento – disse o ministro, mencionando a necessidade de elaboração de projetos.

De acordo com Costa, equipamentos públicos, como escolas e hospitais, além residências, deverão ser reconstruídos fora de áreas alagáveis, e projetos de obras como pontes deverão considerar largura e extensão fora do alcance das enchentes.

Tragédia

Boletim mais recente da Defesa Civil aponta que as chuvas e enchentes já resultaram na morte de 85 pessoas no Rio Grande do Sul. Há 134 desaparecidos e 339 feridos. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram afetadas, de acordo com autoridades, como falta de luz e desabastecimento de água. Mais de 153 mil pessoas estão desalojadas de casa e 47,6 mil em abrigos públicos. Dos 497 municípios gaúchos, 385 sofreram algum impacto dos temporais.

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