Ao assumir formalmente a presidência do Banco em 27 de março, Dilma Rousseff orientou a diretoria financeira a retomar as captações públicas, que estavam paralisadas. O Banco tem uma alavancagem baixa, próxima a uma vez e meia, com uma estrutura de capital robusta e muita capacidade de financiamento de projetos.
Por Redação, com agências internacionais - de Xangai, China
Longe do mercado de emissões públicas denominadas em dólares norte-americanos há aproximadamente um ano e meio, o New Development Bank (NDB), também chamado de Banco dos BRICS, retornou ao mercado global de capitais, nesta quarta-feira. Segundo sua recém-nomeada CEO, Dilma Rousseff, “o banco necessita estar ativo no Mercado de captação, construindo uma curva de vencimento com alta liquidez no mercado secundário”.
— Para isso, a frequência de emissões e o volume são absolutamente importantes. Esses recursos garantem um fluxo financeiro de apoio a projetos de desenvolvimento sustentável, infraestrutura, inclusão social e digital, mudança do clima e prevenção de desastres naturais — afirmou a gestora, a jornalistas, nesta manhã.
Funding
Ao assumir formalmente a presidência do Banco em 27 de março, Dilma Rousseff orientou a diretoria financeira a retomar as captações públicas, que estavam paralisadas. O Banco tem uma alavancagem baixa, próxima a uma vez e meia, com uma estrutura de capital robusta e muita capacidade de financiamento de projetos.
— O funding é um dos componentes dessa matemática, por isso a necessidade de estarmos sempre acessando o mercado para assegurar aos países membros o funding para financiar projetos de investimento — disse Dilma.
Oportunidade
O NDB possui programas de financiamento em moedas locais para os Estados-membros. Dilma Rousseff acredita na queda da taxa de juros nos próximos meses, o que deve abrir oportunidade para o NDB captar e emprestar em reais, modalidade que o banco não opera no Brasil ainda.
— Quando as condições de mercado permitirem, queremos o banco pronto para operar em moeda local também no Brasil, esse é um desejo antigo dos empreendedores locais. Essa opção evitaria o risco cambial — acrescentou Dilma Rousseff.
No discurso de posse da presidente do NDB, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também saiu em defesa de os países em desenvolvimento passassem a financiar projetos em moedas locais.