O equipamento é dotado de um disco de cristal de quartzo, capaz de vibrar a altas frequências devido às ondas acústicas que o atravessam. Estas ondas geram uma carga elétrica detectada por placas condutoras colocadas nas superfícies externas do disco.
Por Redação, com Sputnik - de Perth
Os sinais foram registrados em ambos os dias em que o novo detector esteve operacional.
Um grupo de pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental detectou sinais raros que poderiam ser ondas gravitacionais de alta frequência com a ajuda de um equipamento desenvolvido em colaboração com o Centro de Excelência para Física de Partículas de Matéria Escura do ARC (Conselho de Pesquisa da Austrália).
Acredita-se que as ondas gravitacionais foram produzidas por um buraco negro primordial (formado devido não ao colapso gravitacional de uma estrela, mas sim à extrema densidade do Universo no início de sua expansão após o Big Bang) ou uma nuvem de partículas de matéria escura.
A existência de ondas gravitacionais foi prevista por Albert Einstein, que afirmou que o movimento dos objetos astronômicos poderia enviar ondas na curvatura do espaço-tempo ao longo do Universo.
A previsão foi provada em 2015 com a primeira detecção de um sinal de onda gravitacional.
O registro ocorreu graças ao novo detector, projetado com o objetivo de detectar ondas gravitacionais de alta frequência, revela o estudo publicado na revista APS Physics.
O equipamento é dotado de um disco de cristal de quartzo, capaz de vibrar a altas frequências devido às ondas acústicas que o atravessam. Estas ondas geram uma carga elétrica detectada por placas condutoras colocadas nas superfícies externas do disco.
O equipamento foi conectado a um dispositivo supercondutor de interferência quântica, conhecido como SQUID, que funciona como um amplificador de sinais de baixa voltagem.
O conjunto foi esfriado para excluir o ruído térmico e protegido por escudos de radiação contra campos eletromagnéticos.