Rio de Janeiro, 08 de Fevereiro de 2025

Sidônio aponta ‘faroeste digital’ na comunicação brasileira

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Terça, 14 de Janeiro de 2025 às 19:52, por: CdB

Sidônio Palmeira atribui essa dificuldade à propagação de notícias falsas (‘fake news’) fomentadas pelas forças neofascistas, nos ambientes digitais.

Por Redação – de Brasília

Novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o publicitário Sidônio Palmeira assumiu o cargo, nesta terça-feira, e destacou a necessidade de fortalecer a comunicação governamental diante dos desafios impostos pela desinformação e pela manipulação digital. Em seu discurso, Sidônio afirmou que há um “faroeste digital” em curso e parte da população não consegue perceber as “virtudes” do governo.

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Sidônio Palmeira assumiu a Secom, em ato assinado pelo presidente Lula

Sidônio Palmeira atribui essa dificuldade à propagação de notícias falsas (‘fake news’) fomentadas pelas forças neofascistas, nos ambientes digitais.

— A mentira nos ambientes digitais, fomentada pela extrema direita, cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade — declarou o ministro.

Indicadores

Segundo o ministro recém-empossado, o fenômeno aprofunda o negacionismo, a xenofobia e as violências raciais e de gênero, promovendo uma cultura de ódio e individualismo. Palmeira ressaltou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem avançado em diversas áreas, como a melhoria dos indicadores econômicos e sociais, a redução da mortalidade infantil e a retirada de milhões de brasileiros do ‘Mapa da Fome’.

Tais avanços, contudo, não têm sido percebidos por parte da sociedade devido à falta de comunicação eficaz, mas salientou: “este desafio não é exclusivo da Secom”.

— Temos um presidente que recebeu um país destruído e desmoralizado para governar. Em apenas dois anos, o seu governo arrumou a casa, melhorou os indicadores econômicos, de justiça social e de combate à pobreza — afirmou.

 

Alckmin

Durante a cerimônia de posse, Sidônio agradeceu ao presidente Lula, a quem chamou de “biografia viva mais inspiradora que conheço”, e à primeira-dama, Janja, destacando sua luta em defesa dos direitos humanos e das mulheres. Ele também referiu-se ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como um “amigo”.

Palmeira sublinhou, em seu discurso, que nunca teve intenção de seguir carreira na política institucional, mas aceitou o desafio devido ao seu compromisso com a justiça e à importância das eleições de 2022. Ele destacou que a comunicação não deve ser tratada apenas como uma estratégia de marketing, mas como uma ferramenta essencial para integrar a política à gestão eficiente.

— O papel da comunicação deve se concentrar em ser a enzima que liga a política e a gestão, tornando a política mais integrada com a gestão mais eficiente — acrescentou.

 

Democracia

O publicitário também apoia a regulação das ‘big techs’ e critica as recentes medidas da Meta, alegando que afrontam direitos fundamentais e a soberania nacional.

— Medidas como as anunciadas recentemente pela Meta são ruins, porque afrontam os direitos fundamentais e a soberania nacional, promovendo um faroeste digital — afirmou.

A luta contra a desinformação, segundo Palmeira, é fundamental para proteger a democracia e que a defesa da integridade da informação é uma condição essencial para a sobrevivência das democracias no mundo.

 

Consultor

Com carta branca para influenciar inclusive em outros ministérios, é esperado que o executivo atue da mesma maneira com que tem colaborado com o governo e melhore a imagem da gestão Lula, frente à opinião pública.

— O nosso país voltou a ser respeitado pelo mundo. Mas esse trabalho não está sendo percebido por parte da população — afirmou.

A saída de Paulo Pimenta (PT-RS) já era esperada desde dezembro passado, quando Lula fez um discurso ao PT reclamando da comunicação. Em seu discurso de despedida, o deputado gaúcho destacou seu perfil político, ao se classificar como “petista raiz”. O agora ex-ministro volta à Câmara e seu futuro ainda não foi definido por Lula.

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