Membro do Partido Comunista Italiano (PCI) entre 1945 e 1991, Napolitano também foi presidente da Câmara dos Deputados (1992-1994), ministro do Interior (1996-1998) e ministro da Defesa Civil (1996-1998), além de parlamentar por quase 40 anos.
Por Redação, com Ansa - de Roma
O ex-presidente da Itália Giorgio Napolitano, morto na última sexta-feira (22) aos 98 anos de idade, será homenageado com um funeral com honras de Estado na próxima terça-feira. O governo da premiê Giorgia Meloni também determinou que as bandeiras italiana e da União Europeia em edifícios públicos no território nacional e embaixadas e consulados no exterior sejam colocadas a meio mastro até o dia da cerimônia.
Na data do funeral, será declarado luto nacional pela morte de Napolitano, primeiro presidente italiano a ser reeleito pelo Parlamento. A cerimônia acontecerá na Câmara dos Deputados e será laica.
Já o velório começará neste domingo, na sede do Senado, às 11h (horário local). O público poderá prestar sua homenagem ao chefe de Estado emérito até às 18h e entre às 10h e 16h de segunda-feira.
Idade avançada
Napolitano lutava contra uma longa doença e faleceu em uma clínica de Roma, capital da Itália. Ele foi o 11º presidente na história da República Italiana e o primeiro a ser reeleito para um segundo mandato, abrindo um precedente que seria seguido por seu sucessor, Sergio Mattarella.
Napolitano chefiou o Estado entre maio de 2006 e janeiro de 2015, quando renunciou ao cargo devido à idade avançada. Ao longo desse período, foi uma figura de garantia institucional em um dos momentos mais complicados da história republicana da Itália: a crise do euro, quando pressionou pela renúncia do então premiê Silvio Berlusconi e bancou um governo técnico guiado pelo economista Mario Monti.
Membro do Partido Comunista Italiano (PCI) entre 1945 e 1991, Napolitano também foi presidente da Câmara dos Deputados (1992-1994), ministro do Interior (1996-1998) e ministro da Defesa Civil (1996-1998), além de parlamentar por quase 40 anos.
Estadista
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lamentou neste sábado a morte do ex-chefe de Estado da Itália.
Em telegrama enviado ao atual presidente italiano, Sergio Mattarella, Putin disse que Napolitano era um "estadista excepcional e um verdadeiro patriota".
"Em sua juventude, Napolitano lutou corajosamente contra o fascismo e depois serviu a seu país fielmente por muitos anos", resumiu o líder russo.