A universitária Ana Paula Veloso Fernandes, presa por matar quatro pessoas no Rio e em São Paulo, se inscreveu para o curso em 2021.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A universitária Ana Paula Veloso Fernandes tentou entrar para a Polícia Civil do Rio ao se inscrever para o concurso de auxiliar de necropsia.
Ela foi presa ao ser acusada pelo MP e pela Polícia Civil de matar quatro pessoas envenenadas entre janeiro e maio no Rio e em São Paulo.
Segundo reportagem do Jornal O Globo, ela se inscreveu para o cargo na Polícia Civil do Rio no fim de 2021. Na função, ela precisaria lidar diretamente com os corpos no IML, incluindo o auxílio ao médico legista à manipulação dos cadáveres. O salário inicial era de R$ 4.606.
Contudo, ela não passou na primeira fase do exame, que incluía provas de Português, Matemática e noções de biologia, anatomia humana e Direito Penal. Não se sabe se ela fez a prova ou faltou, já que foi divulgada apenas a lista dos aprovados no concurso.
No relatório final que a indiciou por quatro assassinatos, o delegado de São Paulo Halisson Leite a descreveu como uma “criminosa contumaz”, “serial killer” e disse que as mortes foram cometidas com “alto grau de frieza”.
A Polícia Civil também prendeu Roberta Cristina Veloso Fernandes, irmã gêmea da serial killer, acusada de ajudar nos crimes.
Já Michele Paiva da Silva também foi presa por suspeita de participar da morte do próprio pai. Segundo as investigações, ela teria contratado Ana Paula para envenenar a vítima, que teria morrido após comer uma feijoada envenenada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Veja quem são as vítimas:
Marcelo Ari Fonseca – Foi a primeira das vítimas da serial killer ao ser morto em 31 de agosto em Guarulhos (SP), segundo a Polícia Civil. O homem de 51 anos alugava um imóvel nos fundos da sua residência para as gêmeas Ana Paula e Roberta. O corpo dele foi encontrado em estado avançado de putrefação. A principal hipótese é de morte por envenenamento. Investigadores aguardam laudos periciais.
Maria Aparecida Rodrigues – Ana Paula é acusada pelo MP de ter matado a vítima por envenenamento no dia 11 de abril também em Guarulhos (SP). A serial killer conheceu a vítima por um aplicativo na internet. Ela deu café e bolo na casa onde morava com a irmã gêmea. Ao voltar para sua residência, Maria passou mal e morreu.
Neil Corrêa da Silva – O aposentado de 65 anos morreu em 26 de abril após comer uma feijoada levada pela estudante na casa onde morava em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Ana Paula era amiga de Michele Paiva da Silva, filha da vítima e também acusada de participação no crime. Investigações indicam que ela contratou as gêmeas Ana Paula e Roberta para matarem o próprio pai por R$ 4 mil. A polícia se baseia em troca de mensagens entre as gêmeas pelo WhatsApp para chegar a essa conclusão.
Hayder Mhazres – O tunisiano de 21 anos com quem Ana Paula mantinha um relacionamento morreu após passar mal quando a estudante estava com ele, no dia 23 de maio, em São Paulo. Para a polícia, o jovem também morreu por envenenamento, assim como as outras vítimas. Em depoimento, parentes da vítima dizem que Ana Paula teria ligado para dizer que estaria grávida e para pedir dinheiro. Segundo a investigação, ela mentiu sobre a gestação.
