Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Rússia faz novos ataques aéreos contra Odessa e Kiev

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Segunda, 29 de Maio de 2023 às 14:08, por: CdB

Danos foram registrados no porto de Odessa, o principal do país e responsável pela maior parte das exportações dos grãos e cereais por meio do Mar Negro. No entanto, as autoridades não confirmaram o que foi destruído.


Por Redação, com ANSA e DW - de Moscou/Berlim


A Rússia fez uma série de ataques aéreos contra Odessa e Kiev entre a noite de domingo e esta segunda-feira, informam as autoridades ucranianas. Só até a manhã de hoje, foram interceptados 37 mísseis de cruzeiro e 29 drones kamikazes.




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A Rússia fez uma série de ataques aéreos contra Odessa e Kiev

Conforme os sites Unian e Ukrinform, danos foram registrados no porto de Odessa, o principal do país e responsável pela maior parte das exportações dos grãos e cereais por meio do Mar Negro. No entanto, as autoridades não confirmaram o que foi destruído.


Já a capital do país teve três amplos alertas de ataque aéreo e ao menos uma pessoa ficou ferida por estilhaços de uma explosão. "Os médicos retiraram um ferido no distrito de Podil, na capital. Foram fragmentos de um míssil que caíram na estrada", disse o prefeito local, Vitali Klitschko.



Novo pacote de sanções


Também nesta segunda-feira, o Parlamento da Ucrânia aprovou a introdução de um novo pacote de sanções, com duração de 50 anos, contra o governo do Irã por fornecimento de drones e armas para bombardeio. São iranianos os equipamentos kamikazes, chamados Shahed, usados há meses pelos russos.


De acordo com a rádio RBC-Ukraine, o texto foi apresentado pela Presidência, com aval de Volodymyr Zelensky e do Conselho de Segurança Nacional, e foi aprovado por 328 deputados. Entre outros pontos, a medida inclui uma proibição total de comércio com o Irã, além de investimentos e transferência de tecnologias.


Também veta a retirada de capitais iranianos da Ucrânia.



Moscou determina saída de funcionários alemães da Rússia


Centenas de funcionários alemães que trabalham na Rússia deverão deixar o país até o início de junho, por determinação de Moscou.

A medida afetará o pessoal diplomático e, especialmente, professores e empregados de instituições de cultura e ensino, como o Goethe-Institut e a Escola Alemã em Moscou.


A informação foi publicada inicialmente publicada pelo jornal alemão Sueddeutsche Zeitung e confirmada neste sábado por uma fonte do governo alemão à agência de notícias AFP.


Essa fonte descreveu a decisão como uma "declaração diplomática de guerra de Moscou" que resultará em "grande redução em todas as áreas da nossa presença na Rússia".


"Essa é uma decisão unilateral, injustificada e incompreensível", disse o Ministério do Exterior da Alemanha em um comunicado.


Em abril, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia estabeleceu um limite máximo para o número de diplomatas e representantes de organizações públicas alemãs autorizados a permanecer na Rússia, informou o Ministério do Exterior da Alemanha.


"Esse limite estabelecido pela Rússia a partir do início de junho implica em grandes cortes em todas as áreas da presença (da Alemanha) na Rússia", disse a fonte.


A pasta não forneceu um número de pessoas afetadas, mas a fonte do governo disse que a informação publicada pelo Sueddeutsche Zeitung de que centenas de pessoas seriam afetadas estava "correta".


As autoridades alemãs tentaram nas últimas semanas fazer com que o governo russo reconsiderasse sua decisão, mas não tiveram sucesso, disse o jornal. 


Como resultado, autoridades alemãs e funcionários diplomáticos e consulares, mas especialmente aqueles que trabalham com cultura e educação, terão que fazer as malas nos próximos dias.



Afastamento


Até Moscou invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Alemanha era um importante parceiro econômico da Rússia um grande importador de petróleo e gás russo.


Como decorrência do conflito, Berlim afastou-se de Moscou, apoiou as sanções contra o Kremlin e vem enviando apoio militar e financeiro a Kiev.


Nesse período, a espionagem russa na Alemanha cresceu a um ritmo sem precedente nos últimos anos, segundo os serviços de segurança alemães.


Em meados de abril, a Alemanha expulsou vários diplomatas russos "para reduzir a presença dos serviços de inteligência". Em reação, Moscou expulsou cerca de 20 funcionários da embaixada alemã.


Dois meses após o início da guerra, a Alemanha já havia expulsado cerca de 40 diplomatas russos que Berlim acreditava serem membros dos serviços de inteligência da Rússia e representarem uma ameaça à sua segurança.


Em outubro passado, o chefe da agência de segurança cibernética da Alemanha, Arne Schoenbohm, foi demitido depois que reportagens revelaram supostos laços dele com uma companhia ligada ao serviço secreto russo. Um mês depois, um oficial da reserva alemã recebeu uma sentença de prisão por espionar para a Rússia.



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