Implantado há um ano e quatro meses pela Secretaria Municipal de Saúde, o CIE tem uma superestrutura para monitoramento e avaliação do cenário epidemiológico na cidade, garantindo que qualquer situação de agravo de saúde pública seja rapidamente identificada.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
Pioneiro no país, o Centro de Inteligência Epidemiológica (CIE) da Prefeitura do Rio de Janeiro vai inspirar projetos semelhantes no Ministério da Saúde (SMS) e em outros municípios brasileiros e da América Latina.
Implantado há um ano e quatro meses pela Secretaria Municipal de Saúde, o CIE tem uma superestrutura para monitoramento e avaliação do cenário epidemiológico na cidade, garantindo que qualquer situação de agravo de saúde pública seja rapidamente identificada, permitindo agilidade na tomada de decisões estratégicas da SMS e contribuindo, assim, para a proteção da saúde dos cariocas.
Desde que foi lançado, em março de 2022, o CIE já desenvolveu mais de 50 produtos, entre painéis e boletins epidemiológicos, como o GeoVacina Rio, ferramenta que permite georreferenciar a cobertura vacinal das regiões da cidade e identificar até as localidades onde estão as crianças com situação vacinal em atraso. A partir disso, as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) podem localizar as residências das famílias para fazer a atualização das cadernetas de vacinação. O GeoVacina Rio faz parte dos esforços da Secretaria Municipal de Saúde para resgatar as coberturas vacinais na cidade e, já no período de desenvolvimento, houve um aumento de 15% da cobertura vacinal nas regiões onde foi testado.
O CIE já recebeu mais de 50 visitas de representantes de órgãos nacionais e internacionais, como Ministério da Saúde, que já desenvolve um projeto de CIE Nacional, Fiocruz, Organização Mundial da Saúde (OMS), Senado Americano e CDC (Center for Disease Control and Prevention), também dos Estados Unidos. Na última quinta-feira, o diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa da Silva Júnior, conheceu o CIE e as plataformas desenvolvidas pela equipe técnica da SMS no monitoramento epidemiológico da cidade. Ele expressou o interesse em aproveitar a experiência do CIE e do GeoVacina Rio em 10 outras cidades ainda este ano e, posteriormente, ampliar a implementação do modelo nas 50 maiores cidades da América Latina.
– O CIE é uma iniciativa pioneira de estratégica em saúde pública. Neste pouco mais de um ano de funcionamento, já produzimos importantes modelos de monitoramento epidemiológico, fundamentais para a vigilância em saúde e para a resposta a emergências de saúde pública, como a pandemia da covid-19 e a epidemia de gripe que tivemos entre 2021-2022, por exemplo. E também para a transparência, pois é fundamental que a população saiba o que ocorre em sua cidade, se tem alguma situação de risco e o que o poder público está fazendo para controlar. O município do Rio desenvolveu as ferramentas e está à disposição de outras cidades brasileiras para compartilhar essas soluções – disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Covid-19
O Centro de Inteligência Epidemiológica nasceu da experiência adquirida com o Centro de Operações de Emergência em Saúde-Covid-19 (COE-Covid-19), também lançado pela Secretaria Municipal de Saúde, em janeiro de 2021, como parte da estrutura de enfrentamento à pandemia.
O CIE é coordenado pela Superintendência de Vigilância em Saúde da SMS. Para sua instalação, contou com o apoio da OPAS. Integrado ao Centro de Operações do Rio (COR), atua no acompanhamento de diferentes indicadores de saúde pública na capital.