Os painéis de acompanhamento do cenário epidemiológico do novo coronavírus da prefeitura indicam um total de 87,8 mil casos graves e 36 mil mortes por covid-19 na cidade desde o início da pandemia, em março de 2020. O número de casos confirmados passa de 908 mil.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
As medidas de isolamento social e o avanço da vacinação contra a covid-19 podem ter evitado 66 mil mortes e 380 mil internações decorrentes da doença apenas na cidade do Rio de Janeiro. É o que aponta um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira, que teve como objetivo compreender o real impacto de medidas farmacológicas e não farmacológicas para deter a pandemia. O estudo, publicado na Infectious Disease Modelling, analisou os chamados cenários contrafatuais na cidade, ou seja, situações que não ocorreram, mas que poderiam ter ocorrido com e sem medidas como isolamento e vacinação. De acordo com os cientistas, as políticas associadas podem ter evitado mais de 380 mil hospitalizações e 66 mil óbitos na cidade até junho de 2021. Os painéis de acompanhamento do cenário epidemiológico do novo coronavírus da prefeitura indicam um total de 87,8 mil casos graves e 36 mil mortes por covid-19 na cidade desde o início da pandemia, em março de 2020. O número de casos confirmados passa de 908 mil. Os pesquisadores do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) desenvolveram modelos matemáticos para capturar e descrever a dinâmica da pandemia na cidade. Analisando os dados e as possibilidades de cenário, os cientistas apontam que apenas a vacinação teria evitado mais de 230 mil casos de hospitalizações e mais de 43 mil mortes. E as medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e isolamento social, teriam evitado outras 150 mil hospitalizações e 23 mil óbitos. A pesquisa utilizou os dados públicos de hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Governo do Estado do Rio de Janeiro.