Segundo a SMS, para viabilizar o fim das internações, foram criadas condições para que os pacientes pudessem retornar ao convívio familiar, morar sozinhos ou ter alta para serviço residencial terapêutico.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
Nesta quinta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio) encerrou as atividades de internação do Instituto Municipal de Assistência à Saúde (IMAS) Juliano Moreira, com a desativação do último núcleo do complexo psiquiátrico, o Franco da Rocha. O local popularmente conhecido como Colônia Juliano Moreira, localizado na Taquara, na Zona Oeste do Rio. Fundado em 1926, o local era último manocômio ativo da cidade. "Com isso, o Município do Rio de Janeiro conclui o processo de desinstitucionalização de pacientes psiquiátricos, um marco da luta antimanicomial", disse a prefeitura, em nota. Segundo a SMS, para viabilizar o fim das internações, foram criadas condições para que os pacientes pudessem retornar ao convívio familiar, morar sozinhos ou ter alta para serviço residencial terapêutico. A unidade chegou a abrigar em seu auge 5300 internos em seus 79 hospitais e pavilhões, desativados gradativamente ao longo dos anos. Entre os internos, esteve Arthur Bispo do Rosário Paes, reconhecido artista plástico falecido em 1989, que iniciou a atividade artística no instituto produzindo objetos com diversos itens oriundos do lixo e da sucata. Com a morte de Bispo do Rosário, a administração do instituto se viu diante do desafio de decidir o destino das obras produzidas por ele durante os 49 anos que esteve internado. O conjunto da sua criação foi abrigado pelo então Museu Nise da Silveira. Em 2000, 11 anos após o falecimento de Bispo, a instituição altera o seu nome para Museu Bispo do Rosario, agora, homenageando o principal artista de seu acervo.