Por mais de um ano, o Google pediu aos funcionários que viessem ao escritório três dias por semana, atraindo-os com comida grátis e outras regalias. Na quarta-feira, a empresa disse aos funcionários que eles devem cumprir o requisito de três dias ou sua falta pode aparecer em suas avaliações de desempenho.
Por Redação, com Bloomberg - de Nova York, NY-EUA
Os executivos norte-americanos estão intensificando os esforços para trazer os trabalhadores de volta ao escritório, usando uma combinação de ameaças e incentivos para fazer com que os funcionários desistam do estilo de vida de trabalho em casa que adotaram nos primeiros anos da pandemia de covid-19.
Por mais de um ano, o Google pediu aos funcionários que viessem ao escritório três dias por semana, atraindo-os com comida grátis e outras regalias. Na quarta-feira, a empresa disse aos funcionários que eles devem cumprir o requisito de três dias ou sua falta pode aparecer em suas avaliações de desempenho, de acordo com um memorando enviado aos funcionários pela diretora de recursos humanos do Google, Fiona Cicconi, obtido pelo diário norte-americano The Washington Post.
Impulsos
Na Farmers Insurance, muitos trabalhadores estão sendo solicitados a retornar aos escritórios três dias por semana a partir de setembro, mesmo depois de terem sido informados no ano passado de que o trabalho remoto veio para ficar. Em contraste, a gigante da tecnologia Salesforce disse que fará doações para instituições de caridade locais a cada dia que os trabalhadores vierem ao escritório no final deste mês, uma tentativa de apelar aos impulsos altruístas dos trabalhadores.
Apesar da pandemia ter sido declarada encerrada pelo presidente Biden, o cabo de guerra sobre o escritório ainda é uma febre. Os trabalhadores relutam em abrir mão da flexibilidade que ganharam durante a pandemia, argumentando que isso beneficiou sua saúde mental e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Mas muitos executivos estão convencidos de que o escritório ainda é um vínculo necessário para inovação e colaboração, e os governos locais estão ansiosos para ver os trabalhadores retornarem para ajudar a revitalizar os centros de cidades legados ao abandono e marginalização, a exemplo do que vem ocorrendo com o Rio de Janeiro.