Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2025

Reservatórios de água da Grande SP se aproximam do colapso

Com chuvas abaixo da média, governo paulista implementa plano de contingência para evitar crise hídrica em SP. Níveis das represas estão críticos.

Sábado, 25 de Outubro de 2025 às 15:42, por: CdB

Diante do terceiro ano consecutivo de chuvas abaixo da média, o governo paulista anunciou um plano de contingência para enfrentar o risco de uma nova crise hídrica na Grande São Paulo.

Por Redação, com ABr – de São Paulo

Com o nível das represas em apenas 28,7% — o menor desde a crise hídrica de 2014 — o governo do Estado de São Paulo lançou um plano de contingência para evitar o colapso no abastecimento de água na Grande SP. A região entrou na faixa 3 de criticidade, com redução de pressão por dez horas diárias.

Reservatórios de água da Grande SP se aproximam do colapso | A situação é crítica na maioria dos reservatórios da Grande São Paulo
A situação é crítica na maioria dos reservatórios da Grande São Paulo

Diante do terceiro ano consecutivo de chuvas abaixo da média, o governo paulista anunciou um plano de contingência para enfrentar o risco de uma nova crise hídrica na Grande São Paulo. O nível das represas está em apenas 28,7% da capacidade total — o menor desde a crise de 2014 e 2015 — e acende o alerta para medidas emergenciais.

O plano, elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, prevê ações como redução da pressão nos encanamentos por até 16 horas, uso do volume morto das represas e, em casos extremos, implantação de rodízio no abastecimento. A proposta busca evitar o colapso hídrico e foi estruturada com base em sete faixas de operação, que indicam o grau de criticidade do sistema.

 

Rodízio

Cada faixa corresponde a um nível de armazenamento e determina medidas específicas. A partir da faixa 1, com menos de 43,8% de capacidade, já se iniciam campanhas de uso consciente. A faixa 3, onde a região se encontra atualmente, exige redução de pressão por dez horas e economia de 8 mil litros por segundo. O rodízio só é previsto na faixa 7, quando o nível chega a zero.

As restrições só entram em vigor após sete dias consecutivos com os índices em uma mesma faixa, e podem ser relaxadas após 14 dias de melhora. O rodízio, considerado a medida mais extrema, depende de autorização da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e envolve alternância diária entre áreas com e sem abastecimento, com horários definidos conforme a gravidade da situação.

Diretor da Arsesp, Thiago Mesquita Nunes afirma que o foco está no comportamento sazonal dos reservatórios, que naturalmente caem no período seco e se recuperam na estação chuvosa. A preocupação, portanto, é com a tendência futura e não apenas com os dados pontuais, respeitando os limites da curva de contingência do Sistema Produtor Alto Tietê (SPA).

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