Além de Dirceu, eram citados como alvos o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apelidado de ‘Jeca’, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), identificado como ‘Joca’.
Por Redação – de São Paulo
O plano ‘Punhal Verde Amarelo’, que previa o assassinato de autoridades, concebido no núcleo da trama golpista articulada por militares aliados a Jair Bolsonaro (PL) em 2022, tinha como um de seus alvos o ex-ministro José Dirceu (PT), identificado pelo codinome ‘Juca’. Conforme apurou o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, o plano idealizado pelo general da reserva Mario Fernandes previa a execução de figuras centrais da política brasileira.

Além de Dirceu, eram citados como alvos o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apelidado de ‘Jeca’, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), identificado como ‘Joca’. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também figurava como prioridade, embora não recebesse codinome.
Mentor
A inclusão de Dirceu entre os alvos decorre da percepção do grupo golpista de que ele ainda exerceria forte influência sobre o governo Lula. Apesar de não participar de articulações diretas na atual gestão e manter distância institucional do Palácio do Planalto, o ex-ministro continuava sendo visto pelos militares como uma espécie de mentor político do presidente.
No plano, Dirceu é descrito como a “iminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov (governo)”, e a justificativa para sua eliminação seria a expectativa de que “a sua neutralização desarticularia os planos da esquerda mais radical”. Ainda segundo o texto do general Mario Fernandes, seu assassinato não causaria “grande comoção nacional”.
Procurado pela reportagem, Dirceu preferiu não comentar o assunto.