Denominada “Pink1”, a estrutura foi descoberta há mais de 20 anos por especialistas da área, mas suas características eram quase completamente desconhecidas.
Por Redação, com ANSA – de Camberra, Roma
Um grupo de pesquisadores de um instituto australiano observou pela primeira vez a estrutura exata e o mecanismo de ação da proteína responsável pelo Parkinson.

Denominada “Pink1”, a estrutura foi descoberta há mais de 20 anos por especialistas da área, mas suas características eram quase completamente desconhecidas.
A descoberta, que foi publicada na revista Science, abre caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias para uma doença que atualmente não tem cura.
De acordo com os especialistas, a proteína desempenha uma função importante dentro das células, pois ela se conecta com as mitocôndrias e sinaliza para as danificadas que elas devem ser removidas.
Em um paciente que tenha Parkinson, contudo, a Pink1 sofre uma mutação que a impede de funcionar corretamente. A consequência disso é que as mitocôndrias danificadas se acumulam, param de produzir energia e liberam substâncias tóxicas que matam a célula.
Os neurônios, que exigem muita energia, são particularmente sensíveis a esse tipo de dano, além disso, uma das características do Parkinson é a morte das células cerebrais.
Após muitos anos de estudo, os pesquisadores coordenados por David Komander tiveram sucesso em obter a aparência e a estrutura da Pink1 e entender como ela se liga à mitocôndrias.
– Isso é algo muito significativo para a pesquisa do Parkinson. É incrível finalmente ver a Pink1 e entender como ela se liga às mitocôndrias. Sua estrutura revela muitas maneiras pelas quais é possível modificar a proteína e isso poderá mudar a vida das pessoas afetadas pela doença – afirmou Komander.
Italianos acham elemento responsável por demência no Parkinson
Um grupo de pesquisadores italianos encontrou o principal elemento que regula o desenvolvimento dos sintomas semelhantes aos da demência no mal de Parkinson.
A responsável, de acordo com os especialistas, é uma proteína chamada alfa-sinucleína, que faz avançar o deterioramento cognitivo caso seja acumulada em áreas específicas do cérebro.
A descoberta feita por cientistas de diferentes institutos e universidades da Itália, publicada na revista Nature Parkinson’s Disease (NPJ), é considerada um passo importante para compreender os mecanismos da demência de pacientes.
Os especialistas dizem que é normal a presença da alfa-sinucleína no cérebro, mas a proteína pode levar à morte de neurônios quando se acumula em grandes quantidades.
– Pesquisas mostraram que, quando a alfa-sinucleína se agrega no hipocampo, causa defeitos de memória que permanecem estáveis e não pioram. Por outro lado, quando a proteína se reúne no mesencéfalo, ela leva a sintomas semelhantes à demência humana – explicou Elvira de Leonibus, coordenadora do estudo.