Rio de Janeiro, 13 de Fevereiro de 2025

Preços ao produtor ficam mais altos, sob pressão dos alimentos

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Terça, 04 de Fevereiro de 2025 às 19:44, por: CdB

O IBGE apontou que os alimentos foram a atividade com maior influência em dezembro e no acumulado no ano, marcando respectivamente altas de 1,90% e 14,08% — a última a maior variação em um fechamento de ano desde dezembro de 2021 (18,66%).

Por Redação, com Reuters – do Rio de Janeiro

Os preços ao produtor no Brasil aceleraram a alta em dezembro e encerraram 2024 com avanço acumulado de 9,42% sob pressão de alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira. No último mês do ano o Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,48%, de 1,25% no mês anterior. Em 2023, o índice havia apresentado queda de 4,99% no acumulado do ano.

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O preço dos alimentos contribuiu para a alta do índice de inflação

— O resultado do IPP em dezembro e no ano de 2024 como um todo pode ser explicado, parcialmente, pela alta recente e corrente do dólar. Isso porque o câmbio, pela ótica do produtor, impacta diversos setores da indústria — detalha Murilo Alvim, analista do IBGE.

Em dezembro, o dólar à vista valorizou 2,96% ante o real, terminando 2024 com alta acumulada de 27,36%, maior oscilação desde 2020.

— Praticamente todos os setores que se destacaram no indicador de longo prazo sofreram, em alguma medida, impacto do dólar: alimentos, metalurgia, químicos, fumo, madeira e outros equipamentos de transporte — acrescentou.

 

Demanda

O IBGE apontou que os alimentos foram a atividade com maior influência em dezembro e no acumulado no ano, marcando respectivamente altas de 1,90% e 14,08% — a última a maior variação em um fechamento de ano desde dezembro de 2021 (18,66%).

— Esse resultado é, em grande parte, explicado pelos maiores preços das carnes, especialmente as bovinas e as de aves. O grupo de abate e fabricação de produtos de carne, por exemplo, teve alta de 2,84% no mês — acrescenta Alvim, citando fatores como demanda mais aquecida, aumento das exportações e a alta do dólar.

Além das carnes, teve forte influência no resultado anual de alimentos o café, que disparou 69,28% em 2024, em meio ao declínio global da oferta, de acordo com Alvim. O impacto dos alimentos nos bolsos dos consumidores já pôde ser sentido no IPCA-15 de janeiro, que subiu 0,11%.

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