Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Pompeo debate caso Khashoggi com rei saudita

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Terça, 16 de Outubro de 2018 às 10:35, por: CdB

Khashoggi, que mora nos Estados Unidos e é um crítico destacado do príncipe herdeiro da coroa saudita, Mohammed bin Salman, desapareceu depois de entrar no consulado em 2 de outubro.

Por Redação, com Reuters - de Istambul

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, se encontrou com o rei Salman, da Arábia Saudita, nesta terça-feira, para debater o desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi, enquanto a polícia da Turquia se preparava para fazer uma busca na residência do cônsul saudita em Istambul como parte de um inquérito cada vez mais abrangente.
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Rei Salman, da Arábia Saudita, recebe secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em Riad
Khashoggi, que mora nos Estados Unidos e é um crítico destacado do príncipe herdeiro da coroa saudita, Mohammed bin Salman, desapareceu depois de entrar no consulado em 2 de outubro. Autoridades turcas disseram acreditar que ele foi assassinado dentro do edifício e que seu corpo foi removido, o que os sauditas negam enfaticamente. O presidente dos EUA, Donald Trump, que enviou Pompeo a Riad em um momento de tensão nas relações com o aliado essencial, especulou que “assassinos particulares” podem ser responsáveis pelo desaparecimento, depois de conversar com o rei Salman. Após conversar com o monarca, Pompeo se encontrou com o ministro de Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, e jantará com o príncipe Bin Salman. Ele ainda pode ir à Turquia. De madrugada investigadores criminais turcos entraram pela primeira vez no consulado saudita de Istambul, o último lugar em que Khashoggi foi visto antes de desaparecer, e inspecionaram as dependências durante mais de nove horas, disseram testemunhas da Reuters.

Desaparecimento

Uma fonte da chancelaria turca disse que a polícia fará mais uma busca no consulado nesta terça-feira, e também na residência do cônsul, o que a televisão turca já havia dito poder ter ligação com o desaparecimento de Khashoggi. O presidente turco, Tayyip Erdogan, falando a repórteres no Parlamento, levantou a possibilidade de partes do consulado terem sido pintadas. “A investigação está analisando muitas coisas, como materiais tóxicos e materiais sendo removidos sendo pintados por cima”, disse. O caso provocou revolta internacional contra o maior exportador de petróleo do mundo, e a mídia e executivos anunciaram que vão boicotar uma conferência de investimento na semana que vem realizada no país. O diretor-executivo do HSBC, John Flint, desistiu do evento nesta terça-feira, assim como os CEOs da Standard Chartered e do Credit Suisse. Durante a busca inicial no consulado, a rede CNN noticiou na segunda-feira que a Arábia Saudita estava se preparando para admitir a morte de Khashoggi durante um interrogatório mal-sucedido depois de passar uma quinzena negando qualquer papel em seu desaparecimento. O New York Times, citando uma pessoa a par dos planos sauditas, noticiou que o príncipe herdeiro aprovou um interrogatório ou sequestro de Khashoggi, e que o governo do reino, que não foi possível contactar de imediato para obter comentários, blindará o príncipe culpando uma autoridade de inteligência pela operação fracassada.
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