Segundo as autoridades italianas, os dois bebês foram encontrados enterrados no jardim da casa que a jovem divide com sua família.
Por Redação, com ANSA – de Roma
Uma italiana de 22 anos foi colocada em prisão domiciliar nesta sexta-feira, na cidade de Vignale di Traversetolo, perto de Parma, após ser acusada de matar seus dois bebês recém-nascidos e enterrá-los no jardim de sua residência.
Trata-se da jovem Chiara Petrolini, uma estudante universitária que é suspeita de ter matado um dos bebês no início de agosto, logo após dar à luz, enquanto que o segundo recém-nascido teria sido morto há cerca de um ano.
Segundo as autoridades italianas, os dois bebês foram encontrados enterrados no jardim da casa que a jovem divide com sua família.
“Finalmente. É o único comentário que posso fazer”, declarou à agência italiana de notícias ANSA a mãe do namorado de Petrolini, que não está sob investigação.
O promotor de Parma, Alfonso D’Avino, explicou ainda que no dia 12 de maio de 2023, quando a jovem deu à luz seu primeiro filho, seus pais e irmão estavam em um recital de dança. Na ocasião, ela teria cavado, com as próprias mãos, uma cova no jardim para enterrá-lo.
– Atualmente não há provas da incapacidade de compreensão e de vontade de Chiara Petrolini. Obviamente é um perfil que nos reservamos o direito de verificar – afirmou ele.
De acordo com a reconstrução, após 24 horas do parto e de ter enterrado a primeira criança, a universitária teve forças físicas para ir à esteticista, comer pizza com a família, ir às compras com uma amiga.
Quando questionada pelos investigadores se queria ficar com os filhos, Petrolini respondeu que sim, mas que tinha medo do julgamento.
– Ela relatou que quando eles voltaram dos Estados Unidos, ela contou aos pais que estava grávida. Para a primeira gravidez, disse que o bebê nasceu morto, e que ela simplesmente pegou e enterrou – contou o representante do Ministério Público em coletiva de imprensa, relatando que ela disse a mesma coisa sobre o segundo nascimento.
Petrolini lembrou que teria cortado o cordão umbilical do segundo bebê e enterrado. No entanto, de acordo com as investigações, o bebê nascido no dia 7 de agosto deste ano estava vivo, mas morreu por choque hemorrágico por corte do cordão umbilical.
Além disso, D’Avino explicou que a jovem italiana cometeu “condutas incompatíveis com o estado de gravidez”, conforme relatos de amigos, e teria usado cigarros eletrônicos e de tabaco, ingerido bebidas alcoólicas e até fumado maconha.
Plano de Petrolini
O plano de Petrolini foi desenvolvido desde os primeiros momentos da gravidez ou, pelo menos, desde quando começou a tomar consciência de seu estado, tendo em vista que ela fez “pesquisas na web destinadas a adquirir elementos cognitivos sobre como manter a gravidez escondida, como induzir ou acelerar o parto e quais relações existem entre o rompimento da bolsa, o trabalho de parto e o nascimento”.
Por fim, ela também buscou informações na internet sobre “que conduta deveria seguir para provocar ou incentivar um aborto”.